Sex, 29/04/2016 - 11:47
“Para que as coisas não se movam, atam-se com decorações” é o nome daquela que é considerada uma das produções mais imaginativas e surpreendentes do actual panorama artístico espanhol.
Apesar de ter já trazido trabalhos para Portugal, em festivais de arte, esta é a primeira vez que os seus trabalhos são instalados num espaço museológico português. O espaço cultural brigantino é uma referência para o artista de 42 anos. “Para mim, este museu é uma pequena jóia. Encanta-me, quer a nível arquitectónico, quer pela própria zona envolvente”, referiu Jorge Perianes, na abertura da exposição, no passado sábado. “Esta exposição é quase uma colocação estratégica de peças e algumas foram criadas propositadamente para este espaço. Para Mim, foi um jogo sério mas interessante”, confessou o autor dos trabalhos.
O comissário da exposição, Jorge da Costa, não tem dúvidas de que esta é uma exposição única, que vale a pena conhecer. “Para além de ser uma grande exposição, esta foi também uma grande produção, provavelmente das maiores que fizemos no Centro de Arte. Jorge Perianes transformou completamente o espaço arquitectónico de Souto Moura. A intervenção foi muito directa e houve peças que foram pensadas para este espaço e numa relação com o próprio edifício”, sublinhou o director artístico do Centro de Arte Contemporânea.
Para instalar a exposição de Jorge Perianes, foram necessárias duas semanas e a intervenção de uma equipa composta por carpinteiros, electricistas, jardineiros, além do próprio artista e da equipa do Centro de Arte Contemporânea. A exposição está patente no Centro de Arte Contemporânea até 17 de Julho. Depois segue para a ArcoLisboa, feira de arte contemporânea de Madrid.