Ter, 04/02/2020 - 11:42
Benjamim Rodrigues referiu ainda que “todos os restaurantes estiveram sempre cheios” e que nas actividades paralelas houve um acréscimo de participantes. Estiveram presentes cerca de 200 expositores, entre quinta e domingo, que fizeram um balanço positivo do evento. “É a primeira vez que vimos a esta feira, trazemos material de caça. Houve dias menos participados, mas o sábado e o domingo foram dias muito interessantes, estou satisfeito, fiz aqui bastantes contactos”, afirmou Luís Fonseca, um dos expositores que veio de Lisboa para participar na feira. Maria Georgina Martins viajou do Fundão para vender artigos em pele. “Ainda temos aqui compradores, os caçadores gostam destes produtos, esta edição correu bem, vendi umas pecinhas boas”, contou, explicando que já tem clientes habituais nesta feira em que participa há vários anos. A falta de espaço limita o aumento do número de expositores, que continua a ser um dos problemas para a organização. Porém, Benjamim Rodrigues adianta que, em breve, haverá novidades na intervenção do parque de exposições. “Neste momento, estamos a tratar do projecto, faz parte do nosso plano ainda este ano termos novidades sobre isso e em dois anos concluirmos a obra”, adiantou. O vice-presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal, Inácio Ribeiro, marcou presença na abertura oficial da feira e valorizou o Seminário Internacional de Turismo do Interior como forma de promoção de Trás-os-Montes, região que, admite, é “a que mais precisa de crescer no Norte” em termos de visitas, já que das cerca de 10 milhões de dormidas e 4,5 milhões de visitas em 2019, no Norte, “Trás-os-Montes ainda tem uma quota muito pequena”, registando 2% destas dormidas. “O desafio é fazer com que estes milhões que visitam o Norte se dispersem mais pelo território. Esperamos que Trás-os-Montes suba dos 2 para os 3, 4 ou 5%”, sublinhou.
Propostas legislativas preocupam caçadores
Fernando Castanheira Pinto, presidente da Confederação Nacional de Caçadores Portugueses, considera que algumas propostas de partidos como o Bloco de Esquerda e do PAN “são catastróficas para a actividade cinegética”. Uma delas está relacionada com a proibição da caça com chumbo. “Há muitos anos que se estudam ou tras ligas para substituir o chumbo e até hoje os resultados são sempre piores”, por um lado porque são materiais que encarecem muito as munições. Castanheira Pinto argumenta ainda que o “impacto do chumbo fora das zonas húmidas é meramente residual”. Por estes, motivos considera que proibir a caça com chumbo de espécies de caça menor será “um autêntico desastre” e apela que o PS vote contra esta medida, assim como pede que se oponha à proposta que quer proibir o tiro ao voo. “No articulado da proposta diz que será proibida qualquer actividade com aves cativas, como são perdizes criadas em cativeiros, que servem para fazer repovoamentos, o equilíbrio e a sustentabilidade da espécie na zona de caça. Se a sua utilização for proibida estamos em crer que a caça terá os dias contados”, sublinhou ainda.