Ter, 02/06/2009 - 11:37
“Bastava um simples telefonema a dar-nos conta da intenção de encerrar o pólo e nem isso foi feito pelos responsáveis da UTAD”, lamenta o presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Manuel Rodrigo.
Dada a proximidade com Espanha, o autarca disse que foram encetadas conversações com responsáveis das Universidade de Salamanca, no sentido de serem leccionados cursos vocacionados para o Serviço Social e que reitoria da UTAD foi informada desta intenção.
Autarca mirandês acredita que pólo poderá ter continuidade
“Estou convicto que haverá alternativas para a continuidade do ensino superior em Miranda do Douro após a saída da UTAD”, afiança o edil.
O pró-reitor da UTAD em Miranda do Douro, Humberto Martins, avança que o pólo, após 11 anos de vida, está na sua primeira infância e que só agora se poderiam começar a fazer avaliações.
“Foi inadmissível a política dos preços dos arrendamentos praticada em Miranda do Douro face a outras regiões do País e da vizinha Espanha. Eram altos e, por vezes, não haviam condições”, observou o docente.
Contudo, aquele responsável sempre foi deixando no ar algumas interrogações ao querer saber quais são as responsabilidades que o Governo tem na expansão do ensino superior no interior.
“Os comerciantes de Miranda do Douro criaram expectativas ao estarem convictos de que o pólo universitário era para manter durante vários anos. Como isso não aconteceu, há uma certa frustração em termos de investimento”, acrescentou o presidente da Associação Comercial de Miranda do Douro, Artur Nunes.