Seg, 30/12/2019 - 14:42
O valor é de 35 milhões 932 mil euros, menos um milhão e oitocentos mil euros, em relação a 2019. O orçamento foi aprovado com 33 votos a favor, 16 contra e 4 abstenções. Segundo a autarca mirandelense, Júlia Rodrigues, alguns milhões de euros servirão para fazer obras na Estação Ferroviária e de Camionagem, expandir a zona industrial, reabilitar as casas sociais do Bairro Operário e do GATT, a construção de uma ecopista e a renovação do Auditório do Centro Cultural. “Temos também prevista a manutenção dos apoios, no valor de quase 700 mil euros, para as juntas de freguesia e todas as juntas vão manter a bolsa de materiais”, acrescentou. É ainda necessário mais de um milhão e duzentos mil euros para despesas com o pessoal, uma vez que a manutenção das escolas foi atribuída à autarquia. O orçamento não agradou a todos. Paulo Pinto, do PSD, considera que é “um orçamento que não satisfaz os anseios da população de Mirandela”, acrescentando que, nos últimos dois anos, as cativações atingem os 12 milhões de euros. “Aquilo que é verdadeiramente estruturante são obras do PSD, as obras da estação de camionagem, dos bairros sociais e a expansão da zona industrial, que já andam de orçamento em orçamento e a presidente não teve a capacidade e a audácia de as implementar”, frisou. Para além do PSD, também a CDU votou contra. Jorge Humberto Fernandes disse que o partido sempre “lutou” pela transferência de competências para as câmaras. No entanto, considera que o orçamento não prevê verbas suficientes. Salientou ainda que a transferência de competências vai “implicar situações imprevisíveis”. “A câmara assumiu transferências de competências que não estão reflectidas neste orçamento e, consequentemente, vão ter situações imprevisíveis para o funcionamento da própria autarquia”, referiu. Em contrapartida, Faustino da Cunha, foi um dos dois deputados do CDS que votaram a favor, uma vez que tem a esperança de que algumas acções se venham a concretizar. “Votámos a favor com uma declaração de voto a dizer que ficamos na expectativa de que o executivo consiga realizar as propostas a que se propõe”, explicou.