Plano de recuperação e resiliência da UE pode financiar estradas reclamadas no distrito

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Ter, 15/09/2020 - 18:19


Na visita ao território, a ministra da Coesão afirmou que pode haver dinheiro disponível para a conclusão ou construção de estradas que são reclamadas na região, a partir do plano de recuperação e resiliência que está a ser desenhado pelo Governo para ajudar a reparar os danos económicos e sociais causados pela pandemia do novo coronavírus.

“Vamos usar as verbas deste reforço que veio, por causa da pandemia, em áreas onde não conseguimos pôr fundos europeus”, explica Ana Abrunhosa. Alguns dos exemplos podem ser ligações rodoviárias, ligações entre dois ou três municípios “porque isso é coesão”, acessos a zonas industriais, ligações transfronteiriças “porque é muito importante nestes territórios do interior que essas ligações transfronteiriças sejam feitas, estão acordadas as que são para fazer, é uma rodovia importante para a competitividade”. Estes critérios vão ao encontro de projectos que os autarcas da região reivindicam, como as ligações dos concelhos de Vinhais e Vimioso à capital de distrito. Apesar de a ministra não especificar quais os projectos que podem ser contemplados, o autarca de Vila Flor, Fernando Barros, enumerou “a estrada de Vimioso, de Vinhais e a ligação do IC5 a Espanha, que são muito importantes”. Estas são algumas das estradas apresentadas pela Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes ao Governo como prioritárias para serem incluídas no Plano Nacional de Investimentos, no entanto o financiamento ainda não estava garantido, podendo agora ter uma nova oportunidade com o plano de recuperação e resiliência que está a ser preparado para minimizar o impacto da pandemia. Mobilidade do Tua com solução “para breve” A ministra Ana Abrunhosa adiantou que deverá ser posto em prática ainda este ano o plano de Mobilidade do Tua. Questionada sobre o atraso do processo, não se comprometeu com uma data concreta nem quis entrar em pormenores, mas afirmou que falou “com os vários ministérios que estão envolvidos neste projecto” e garantiu que terão “uma solução para breve”. “Gostaríamos muito que ainda fosse uma realidade este ano”, afirmou. Para a governante trata- -se de um projecto “absolutamente vital para este território” quer para a população da região quer para o turismo. As obras de estabilização dos taludes e de reabilitação da linha ferroviário do Tua, entre Brunheda e Mirandela, no valor de 5,6 milhões de euros, já foram concluídas. Falta agora ultrapassar algumas burocracias ligadas ao licenciamento da circulação na linha. O Plano de Mobilidade entre Tua e Mirandela, uma das contrapartidas da construção da Barragem de Foz Tua, é esperado desde 2017. A ministra visitou ainda obras em curso em Vila Flor, no valor global de 7 milhões de euros, com destaque para a recuperação do edifício dos Paços do Concelho, a renovação da Praça da República, a criação do Centro do Encontro das Artes “Graça Morais”, a remodelação das piscinas descobertas do Peneireiro e a requalificação da escola básica, que vai receber alunos do primeiro ciclo e pré-escolar.

Jornalista: 
Olga Telo Cordeiro