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Rio atrai visitantes a Angueira

Ter, 15/06/2010 - 10:23


Atravessada pelo rio que lhe dá o nome, a freguesia de Angueira, no concelho de Vimioso, assume-se co­mo uma aldeia tipicamente rural, onde a agricultura, a apicultura e a construção civil são o motor da economia local.

O rio Angueira é o ex-libris da localidade, que é o ponto de encontro de pessoas oriundas das aldeias vizinhas e, até, da vizinha Espanha para desfrutarem da beleza das paisagens que envolvem o curso de água. No Verão, o parque de merendas é muito procurado por todos aqueles que procuram Angueira para desfrutar da tranquilidade proporcionada pela natureza.
A pesca também é uma actividade lúdica praticada naquela freguesia. Há pescadores que se deslocam das redondezas para tirar das águas límpidas do rio o barbo ou a sarda, as duas espécies mais abundantes. No entanto, houve tempos em que o lagostim era o principal manjar procurado no Angueira, mas com a mudança dos tempos a espécie que, hoje, abunda no rio já não é muito apreciada pelos “amantes” da pesca.
Com cerca de 110 habitantes diá­rios, esta freguesia vive, essencialmente, da agricultura. Apesar da crise que envolve esta actividade e da dificuldade em comercializar os produtos, a população ainda cultiva os campos com a ajuda do regadio em granito que facilita a vida a alguns agricultores no Verão. São cerca de três quilómetros de regadio, construí­do há cerca de 30 anos, que, agora, necessita de obras de manutenção. “Vamos reparar a infra-estrutura em toda a sua extensão, porque já verte muita água.
O regadio é muito importante para a freguesia, porque permite às pessoas poupar ao não precisarem de bombear a água do rio”, salienta o presidente da Junta de Freguesia de Angueira (JFA), Emílio Esteves.
No termo da freguesia também abundam as espécies cinegéticas, o que permite a realização de montarias e batidas à raposa, bem como a prática da caça menor. A lebre, o coelho, a perdiz ou a codorniz são espécies selvagens que atraem caçadores de diferentes pontos do País. “A Associação de Caçadores é muito dinâmica e tem desenvolvido um bom trabalho ao nível da mobilização das pessoas e também no que toca à própria caça, com a realização de repovoamentos”, realça o autarca.
No que toca a património, Angueira guarda a igreja matriz, as capelas de Santo Cristo, S. Sebastião e S. Miguel, um castro onde terão habitado os Mouros e onde já foram encontrados vestígios que remontam àquela época, bem como fontes de mergulho antigas, uma delas baptizada de Fonte Santa, devido aos milagres e curas conseguidas com a água que jorra do subsolo. Para tornar este local mais aprazível a quem o visita e para facilitar a recolha de água todo o ano, a JFA pretende embelezar a área envolvente à Fonte Santa.
A este investimento junta-se o projecto de requalificação do forno da telha, para preservar este património antigo que ainda resiste numa das margens do rio.

Forno da telha vai ser
recuperado, mas a história
dos moinhos de água pode
perder-se com o desaparecimento deste património

Já a requalificação dos moinhos de água que ameaçam ruir ao longo do Angueira parece ser mais compli­cada, devido à propriedade dos mes­mos. “Um moinho é de muitos proprietários e é difícil chegarem a acordo, tanto para recuperarem, co­mo para venderem”, justifica Emílio Esteves.
Quanto às acessibilidades, Angueira reivindica mais uma ligação, desta vez para encurtar distâncias até ao Naso (freguesia mirandesa da Póvoa). A construção desta estrada, que permitiria encurtar a distância entre os concelhos vizinhos em cerca de 15 quilómetros, já foi promessa do executivo da Câmara de Vimioso durante a campanha eleitoral, mas ainda não saiu do papel. Esta é a via que falta à freguesia, que já tem ligação à sede de concelho, por S. Joanico, a Caçarelhos e à vizinha Espanha, pela conhecida estrada das Três Marras.