Qua, 24/08/2022 - 15:00
A empreitada nas torres da antiga Sé de Miranda do Douro, que está classificada como Monumento Nacional, desde 1910, está contemplada no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que destinou 243 milhões de euros para a área da cultura, sendo que oito milhões e 900 mil euros são para intervenções em bens culturais afectos à Direcção Regional de Cultura do Norte, entidade que tutela a concatedral.
Celina Pinto, directora do Museu da Terra de Miranda, que tem a seu cargo também a concatedral, avança que “este projecto vai avançar ainda este ano” e se vai concretizar um objectivo há muito ansiado. “As pessoas não tinham acesso às torres e vamos permitir que isso mesmo seja possível”, frisou, considerando que, “em articulação com o museu, tal qual se projecta para o futuro, ficarão os dois equipamentos vão contribuir, certamente, para uma grande atractividade da cidade e da região”.
A concatedral começou a ser construída em 1552 e as obras terminaram já na última década do século XVI.
Depois da empreitada, neste que é o maior templo religioso de Trás-os-Montes, as pessoas vão poder contemplar uma vista sem igual quando subirem as torres. “No alto da Sé há uma vista panorâmica para toda a cidade e para o Rio Douro. É uma vista privilegiada”, confirmou Celina Pinto, que diz que os visitantes poderão aceder a estes “espaços tão curiosos e quase míticos da concatedral”, onde, percorrendo escadas em caracol, se encontra o relógio. “Creio que isto é uma mais valia”, disse ainda.
O Plano de Recuperação e Resiliência destina cerca de 350 mil euros a esta obra. A empreitada prevê criar condições de segurança para quem queira visitar as torres. “É preciso criar toda uma salvaguarda”, sublinhou Celina Pinto. O projecto está agora a ser desenhado por arquitectos e engenheiros da Direcção Regional de Cultura do Norte.
Além disso, a concatedral, bem como o museu, vai beneficiar de 50 mil euros para ali ser instalada rede wi-fi. No que toca ao museu, outros 50 mil euros estão destinados à digitalização.