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Falta de entendimento no PSD faz Alex Rodrigues entrar na corrida à liderança da Concelhia de Bragança

Ter, 27/08/2024 - 11:10


A sua candidatura terá sido motivada depois de as várias propostas apresentadas por Miguel Abrunhosa, vereador da Câmara Municipal de Bragança, para liderar uma lista, terem sido recusadas pela “liderança da actual concelhia”, que tem como presidente António Baptista, agora membro da lista de Tel

SAÚDE

Nas conversas com os residentes, nas minhas frequentes viagens ao nordeste, não encontro qualquer anseio em ter, na região, um aeroporto internacional, nem sequer, poder desfrutar de uma viagem a Madrid, em alta velocidade. Gostam de ver passar a volta, apreciam as feiras medievais e outros eventos mediáticos e, claro, não perdem as festas de verão, mas no que preocupa a nossa gente, sobressaem a apreensão com a educação e futuro dos filhos e, sobretudo a ansiedade com a saúde dos pais e demais membros da família. Das duas uma, ou as pessoas com eu falo não são ouvidas pelos responsáveis regionais ou quem os ouve não lhes dá a importância devida. Ao contrário do que acontece localmente, estes temas despertam a atenção governamental e não escapam ao escrutínio da oposição, sendo motivo de disputa verbal e pública, com propósitos e análises polémicas de variada interpretação e aceitação. Por razões óbvias: Quando a lista de utentes à espera de uma operação para lá do tempo máximo estipulado na lei aumenta (atingido um valor superior a 74.000), quando o programa para acabar com este excesso em doentes oncológicos deixa de fora 8.000, quando cresce o número de urgências encerradas e o plano conduzido por Fernando Araújo (homem de reconhecido mérito e competência com provas dadas) foi suspenso e ainda não há plano alternativo… os cuidados de saúde não estão melhores, diga o que disser o Primeiro Ministro. Quando, recorrentemente, não é possível contratar os especialistas que o SNS necessita e que nem as vagas abertas são preenchidas, quando os licenciados não compensam (a situação vai agravar-se nos próximos anos) as saídas para a reformas e para o crescimento natural das necessidades… não há médicos suficientes em Portugal, diga o que disser a Ordem dos Médicos. Quando, apesar do tremendo erro do abandono de um plano que estava já a dar sinais de estar no bom caminho, por questões de ordem pessoal ou política, que não de competência e empenho, o governo reconhece que, sejam quais forem as medidas no curto prazo, a médio e longo prazo a situação do SNS passa, necessariamente, pelo aumento da formação em saúde (licenciaturas, especializações e, é bom não esquecer, doutoramentos)… a política governamental está no bom caminho, diga o que disser a oposição. É bom ter na devida conta que não é o governo que aprova os cursos superiores, sejam licenciaturas, mestrados ou doutoramentos. Essa decisão é da competência da A3ES (Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior) e o processo não é simples nem imediato nem é expectável que seja, sequer, célere. Não se espere que haja fumo branco antes de dois anos. Com um ensino tradicional (tudo indica que será esse o modelo de opção da UTAD) só dentro de uma década é que poderá começar a sentir-se a necessária e urgente mudança. De qualquer forma é motivo de alegria para os transmontanos, sendo devido um elogio às forças vivas de Vila Real que, por ação eficaz ou aproveitando a falta dela, em putativos concorrentes conseguiram a indicção do Primeiro Ministro. Enquanto nordestino, estou dividido: é bom ter o próximo curso de medicina em Trás-os-Montes, mas seria muito melhor tê-lo em Bragança. Porque a concentração de valências se opõe à necessária política de discriminação positiva pelo interior, por- que podia e devia ser um motivo de união das vontades nordestinas à volta de um motivo real e mobilizador, mas, sobretudo porque, sendo no IPB era o primeiro a ser atribuído a um Instituto Politécnico onde haveria abertura a um modelo capaz de formar competentes profissionais de saúde num prazo mais curto e, por consequência, mais adequado às necessidades.

Esquemas, pactos e patos

Os maiores problemas da Administração Pública portuguesa acontecem e com as piores consequências, nos grandes domínios da Saúde, da Justiça e da Protecção Civil, independentemente dos governos ditos da nação, ou dos partidos, melhor dizendo, que circunstancialmente governam Portugal. Trata-se de domínios administrados por problemáticos organismos públicos que constituem o corpo e a alma dos badalados Serviço Nacional de Saúde, Sistema de Justiça e Sistema Nacional de Planeamento Civil de Emergência. Um Serviço e dois Sistemas, portanto, como são oficialmente designados, mas que mais justamente deveriam ser referidos por “esquemas” nacionais, porquanto se trata de alargados domínios públicos em que recorrentemente rebentam estrondosos escândalos, provocados por relapsas acções de corrupção, compadrio político, incompetência dos gestores e má administração dos dinheiros públicos. Ainda que se deva ter em conta que o maior de todos estes esquemas sinistros é o próprio regime político vigente que favorece estas trapalhadas e muito desprestigia a democracia. Assim sendo, a aplicar-se tal nomenclatura, mais sentido teria falar-se do Esquema Nacional da Saúde, do Esquema Nacional da Justiça e do Esquema Nacional da Protecção Civil. Só assim se compreende que os atrás citados organismos, que deveriam funcionar modelarmente numa lógica de puro serviço público e de bem servir, não cumpram cabalmente as suas missões, por mais milhões do erário público que desbaratem. Claro que os problemas que minam estas entidades públicas fundamentais não são novos, nem de agora. Vêm de trás, muito embora se deva destacar a governança atribulada de António Costa que, manda a verdade se diga, muito agravou as malfeitorias antigas e outras criou, que persistem, por mais que os ecos mediáticos produzidos se tenham desvanecido. Malfeitorias que muito dificultam a acção do actual governo que, na sua ânsia de sobreviver, se vê constrangido a recorrer ao populismo gratuito e à demagogia barata quando, é por demais sabido, ninguém consegue resolver em dias aquilo que requere meses ou anos. Verdade que, de forma nenhuma, o liberta do imperativo de promover, quanto antes, as imprescindíveis reformas administrativas, para as quais tem total competência. Especial dramatismo recai, como é natural, sobre o Serviço Nacional de Saúde com os casos das urgências e dos partos a assumiram instante gravidade. O que levou Marcelo Rebelo de Sousa, o inefável Presidente da República, a defender um pacto partidário na área da saúde, o que não deixa de ser excêntrico, porquanto tal representa o reconhecimento, ao mais alto nível político, de que o actual governo não pode realizar actos governativos tão elementares e correntes como abrir ou fechar maternidades, contratar médicos, ou reprogramar os serviços de urgência, sem o acordo formal da oposição. Como se já não bastassem os pactos obscenos que os partidos do poder estabelecem entre si, recorrentemente, para dividir cargos e mordomias, entre eles. Havemos de concluir, portanto, que o regime político vigente é, em si mesmo, um gravoso imbróglio democrático. Esta visão transcendente do mais alto magistrado da Nação é, por outro lado, a confirmação pública e notória de que sucessivos governos descuraram, ou não foram capazes, até hoje, de realizar aquilo que verdadeiramente lhes competia: a organização eficaz dos diferentes serviços e a gestão eficiente dos recursos humanos, financeiros e materiais atribuídos ao dito Sistema Nacional de Saúde. Para lá do assumir, dramático, que a manutenção de tais esquemas e o adiar condenável das medidas que há muito se impõem, conduzirá ao colapso definitivo do sistema. Certo é que pactos de re- gime avulsos como o atrás citado, a ideia não é nova, não passam de meros discursos de circunstância de que políticos videirinhos sistematicamente se servem para branquear imagens e alijar responsa- bilidades, não se coibindo sequer de, recorrente- mente, fazerem dos portugueses patos. Nada disto invalida, todavia, antes cada vez mais justifica e torna instante, o emergente acordo democrático das forças políticas como tal instituídas, que não apenas partidárias, que viabilize a Revisão do Regime e a Reforma do Estado, indispensáveis à salvação da Nação e ao aprofundamento da Democracia.

Aberto processo de beatificação e canonização da Irmã Maria de São João Evangelista

Ter, 20/08/2024 - 09:46


A sessão pública decorreu na igreja de Santa Maria Mãe da Igreja, em Macedo de Cavaleiros, tendo sido presidida pelo Bispo da Diocese Bragança-Miranda, D. Nuno Almeida, que esclareceu que este processo foi iniciado porque muitos recorreram a esta religiosa para pedir ajuda, conselhos e orações.

OS INTERPOSTOS INCUMBENTES

Mark Twain garantiu que a história não se repete, mas rima, provavelmente para adequar a máxima atribuída a Confúcio: “Se queres prever o futuro, estuda o passado!” Mesmo sem garantia de qualquer bola de cristal, os políticos, a quem o futuro muitas vezes resolve surpreender, deveriam olhar para o passado tendo em vista abrir uma janela, mesmo que fosca, sobre o porvir. É, aliás, para condicionar os sufrágios vindouros que muitos eleitos em fim de ciclo, renunciam ao mandato deixando o seu lugar ao pretenso sucessor para que este possa usar, em seu proveito, as vantagens associadas à condição de incumbente. Porém, não é a mesma coisa porque um novo ciclo, com um novo protagonista normalmente, requer uma nova liderança, e, não raro, numa rutura clara e percetível, nem sempre fácil. Veja-se o caso recente de Pedro Nuno Santos que andou toda a campanha a balançar entre a necessidade de afirmar um programa novo e diferente, para o país, sem querer renegar a herança dos governos de António Costa. Não há forma de garantir que uma rutura clara lhe tivesse granjeado melhor resultado. Há quem pense que se tivesse podido tomar-lhe o lugar, antes das eleições, teria sido bem melhor. Com Santana não foi, bem pelo contrário! Em vésperas de autárquicas olhemos para os registos distritais, mais recentes. Quem recebeu, de bandeja, a presidência da Câmara teve sucesso no escrutínio imediato, mas não garantiu o e esperado ciclo de três mandatos. Veja-se o que aconteceu em Carrazeda, Macedo, Mirandela e Vila Flor. Veremos o que acontece em Alfândega da Fé. Para já a atenção volta-se para Moncorvo e Bragança onde os edis em fim de mandato renunciaram deixando os seus lugares nas mãos dos seus vices. Apesar de terem a mesma origem, os processos são substancialmente diferentes. Enquanto Paulo Xavier se impôs, desde o início do ciclo de três mandatos e integrou a equipa autárquica sempre no segundo lugar, José Meneses, apesar de ser, desde a primeira hora, o maior e mais fiel apoiante do ex-presidente, apenas fez parte da lista na última candidatura e só ascendeu à vice-presidência depois da desistência do inamovível Vítor Moreira. O que, ao contrário do que possa parecer, não é uma desvantagem. A rutura com a anterior gestão au- tárquica, já iniciada pelo atual presidente, de for- ma inteligente, passando pelo necessário aumento de transparência e suavização de fraturas inúteis e desgastantes acabou por receber um contributo positivo na forma miserável como foi deixado “suspenso”, durante meses, apenas para dar cumprimento a um reles capricho do agora deputado, desde que não caia na tentação de exagerar na vitimização. Na arte, ciência e cultura bastará, no meu entendimento, cumprir com os mínimos. É, precisamente, na cultura, arte e ciência que reside o maior desafio do ocupante da cadeira presidencial do forte de S. João de Deus, em Bragança. Por três razões: em primeiro lugar, na capital do distrito essa área assume, naturalmente, uma importância acrescida numa larga franja do eleitorado; em segundo porque é grande a probabilidade de aparecer, a disputar-lhe o lugar, alguém com créditos firmados, nessa matéria; por último, e não menos importante, os vários executivos a que pertenceu, liderados pelo agora Secretário de Estado, neste campo, não fez nada de relevo, limitando-se a cuidar da grande herança recebida de Jorge Nunes não tendo sequer conseguido, até agora, concretizar o maior pro- jeto em curso – O Museu da Língua.