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ROSAS DE VILA FLOR

No passado dia sete de janeiro, cumpridos que foram setecentos anos sobre a sua morte, evocou-se D. Dinis, o rei-poeta. Em Odivelas, onde está sepultado, passando por Santarém onde foi relevado, entre outros, o papel do monarca no desenvolvimento agrícola, Leiria, louvando a iniciativa de plantação do célebre pinhal, berço de caravelas, tema de cantigas de amigo e gérmen da ecologia, foi, em Vila Flor, celebrado o seu génio poético, o seu lado romântico e, sobretudo, prestada a devida homenagem ao soberano que, por ocasião da concessão do seu primeiro foral rebatizou a antiga Póvoa D’Além Sabor por lhe reconhecer a beleza suficiente (e evidente) para a qualificar como sendo a Flor das Vilas do seu reino. A propósito desta merecida comemoração o município vilaflorense entendeu por bem homenagear um apoiante desta celebração, de primeira hora, o padre Joaquim da Assunção Leite, falecido recentemente. No Centro Cultural Adelina Campos, perante uma plateia de amigos, o bispo auxiliar da arquidiocese de Braga e bispo titular de Dume, D. Delfim Gomes fez o elogio do homenageado, de quem foi muito próximo não só nas suas funções paroquiais, como na vida do dia a dia naquela vila, num registo informal, mas muito emotivo. Lembrou o percurso comum desde a colaboração na gestão do Seminário Maior de Bragança até à partilha de responsabilidades na paróquia de Vila Flor. O Presidente da Câmara, eng.º Pedro Lima, abriu a sessão, salientou a importância da atividade cívica, cultural e religiosa do sacerdote e depois de enaltecer as características ambientais e arquitetónicas do concelho que lidera, justificou o apoio do município à edição e apresentação de um livro, focado nesta comemoração e escrito a partir de uma ideia do padre Leite. A apresentação da obra foi adequadamente ilustrada com a representação de um quadro aí descrito, levada a cabo pela Filandorra. O grupo de teatro recriou a chegada dos reis de Portugal à Praça da República, acompanhando a performance cénica com um cuidado e adequado momento de música medieval. Após as apresentações foi servido um Porto de Honra onde, entre os acepipes se destacaram, mesmo que nem todos os presentes se apercebessem, algumas dezenas de doces concebidos e confecionados, de propósito para aquela ocasião. Das experientes e criativas mãos de Cármen Ochoa Pimentel, saíram deliciosos bolos de amêndoa e creme de ovos, em forma de rosa, como resposta ao desafio do já citado padre Joaquim Leite. A caixa onde vieram para o Centro Cultural estava, muito apropriadamente, ilustrada com a imagem da capa do livro “O Terceiro Milagre das Rosas”, ali apresentado. Não sei se a iguaria já foi batizada, porém, sem me querer arrogar do génio dionisíaco que tão brilhantemente renomeou a Póvoa D’Além Sabor, atrevo- -me a sugerir que a iguaria se passe a chamar “Rosas de Vila Flor”. Estou certo que, uma vez conhecida e divulgada, passará a ser mais um motivo para visitar a vila nordestina e, nesta, rumar até à Casa das Tias, nas imediações da Praça da República, na vizinhança da Rainha Santa, quem, primeiramente, atribuiu a estas flores, características alimentícias. Ou vice-versa…

INEM paga mais 20% aos bombeiros mas corporações do distrito continuam prejudicadas por não serem PEM

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Ter, 07/01/2025 - 09:28


O Ministério da Saúde, INEM e a Liga de Bombeiros Portugueses assinalaram um protocolo, no passado dia 31 de Dezembro, que visa a atualização da verba paga às corporações pelo transporte de emergência pré-hospitalar.

Basta(va) uma bola para criar magia!

O Vítor era o miúdo mais traquina da Zona da Sé. Não havia dia nenhum em que não se metesse em sarilhos. A tia Lili, uma senhora já com uma certa idade, tomava conta dele enquanto os pais estavam a trabalhar. Para variar, o Vítor não cumpriu as ordens da tia Lili e ela pô-lo de castigo... Sentado numa cadeira da sala, lá estava o Vítor sem autorização para se mexer ou falar! Mas ninguém o podia impedir de sonhar, usar a sua imaginação e inventar uma história. “Hoje está um lindo dia para dar um passeio, vou ver se encontro algum amigo lá fora para jogar à bola”. À medida que se embrenhava nas ruas não via nenhum amigo para jogar, mas olhava admirado para as iluminações natalícias das casas e árvores. Eram grandes e coloridas, pensava! Então algo lhe chamou deveras a atenção. Estava longe, era uma bola vermelha e brilhava como uma Bola de Natal. "Mas que coisa será aquela?", pensava o Vítor, enquanto se aproximava um pouco mais. Estava decidido, ele queria aquela bola. Não importava como ia consegui-la. O Vítor estava decidido a subir à árvore. E assim fez. Entretanto, uma pernada onde se sustentava quebrou e ele caiu. Magoou-se um pouco, mas não queria desistir e pensou para si: "Não prestei atenção onde pus os pés... Vou subir com mais cuidado!" Decidido, resolveu tentar outra vez. Nesse momento, quando nada o faria prever, começou a cair uma chuva muito forte seguida de trovões. Estava quase a conseguir quando, de repente, se ouviu um enorme relâmpago e um raio muito brilhante caiu sobre a macieira, mesmo junto a ele. O Vítor apanhou o maior susto da sua vida e, de novo, caiu da árvore. Estava quase a desistir, mas eis que a chuva abrandava e o Vítor não conseguia parar de imaginar como aquela bela maçã vermelha devia ser deliciosa e suculenta. Por isso, mais uma vez se decidiu a subir. Depois de analisar a situação com cuidado, decidiu que o melhor seria subir com uma corda e assim fez. Mas o Vítor não estava mesmo com sorte e, no meio da subida, a corda partiu-se e ele caiu pela terceira vez... Já eram obstáculos a mais. Veio-lhe a ideia de que, se calhar, não conseguia subir ao cimo da macieira porque a maçã devia ser mágica e não queria ser colhida. Pensou e repensou e decidiu que só lhe restava mais uma hipótese: ir buscar uma escada para subir. E se bem o pensou, melhor o fez... Depois de colocar a escada, subiu e, sorrindo, comentou: – Com a escada parece tudo mais fácil, acho que desta vez consigo! Finalmente chegou ao cimo da árvore. Muito contente, exclamou: – Valeu a pena o trabalho que tive. – E colheu a fruta. Vitorioso, desceu e foi para casa. Pelo caminho, pensava no que a tia Lili lhe dissera: "Vitinho, os obstáculos existirão sempre na vida das pessoas. Lutar e tentar vencê-los é o verdadeiro desafio." A imaginação ergue voo, desliza pelo ar e cria mundos inteiros... tudo graças a uma simples bola! Votos de um bom Ano Novo.

Vitor Santos