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Henrique Pedro

Quo vadis Francisco?!

Enquanto cidadão e crente tenho o actual Papa em alta estima. Aprecio, sobretudo, a humildade e bonomia que lhe conferem a imagem de homem bom. Dificilmente o consigo imaginar como herege, muito menos como o anticristo que certos ficcionistas sugerem. Vejo, contudo, Jorge Bergoglio como o Papa dos equívocos doutrinários. Senão vejamos. A Humanidade vive tempos de mudança global dramáticos, particularmente visíveis nos domínios da ética e dos usos e costumes, e a Igreja Católica Romana, a maior organização que alguma vez operou sobre a Terra e por tempo tão dilatado, está no centro do furacão. O seu chefe supremo não tem, portanto, uma tarefa fácil. Bem pelo contrário: gestos, palavras e silêncios são inexoravelmente avaliados, contados, pesados e medidos, sempre havendo quem os aplauda e quem os condene. Cristo que é Cristo não agrada a toda gente! No coração da Igreja Católica que é a Santa Sé, instalada no Vaticano, a pequena cidade-estado a que Bergoglio preside, moram todos os vícios do mundo, ao que se diz. Não é de admirar que, se por um lado, Francisco cativa meio mundo com sua bondade, por outro lance a desunião e a animosidade entre as hostes católicas. Para gáudio dos inimigos da Igreja, já se vê. Ainda que na maior parte dos casos o discurso de Jorge Bergoglio, por regra circunstancial e pouco cuidado, seja mal interpretado ou mesmo maliciosamente deformado. Assim foi quando, numa celebre homilia proferida em Nova Iorque, afirmou, referindo-se a Jesus Cristo: “a sua vida, humanamente falando, acabou com um fracasso: o fracasso da cruz”. Mais pacífico e convincente teria sido, quanto a mim, se tivesse falado em sucesso. Ou quando promove o diálogo inter-religioso com os muçulmanos inimigos declarados de todas a religiões que não a deles. Ou quando estabelece acordos controversos com a China totalitária que, como é do domínio público, continua a perseguir e a martirizar os cristãos chineses. Ou quando discorre sobre a propriedade privada e não distingue o lar e a pequena horta do humilde cidadão dos empórios capitalistas que lançam tenebrosos sistemas de exploração sobre a Humanidade. Ou quando silencia as trágicas perseguições de comunidades cristãs em várias partes do planeta. Ou ainda quando, mais recentemente, promoveu as uniões homossexuais o que, para a maioria dos crentes e doutores da Igreja, indicia um claríssimo desvio doutrinal e promove o descrédito da castidade, a virtude maior de santos e mártires. Grande é a controvérsia que reina nos órgãos de comunicação social e nas redes sociais sobre o que o Papa disse, não disse ou queria dizer. A verdade é que as organizações homossexuais exultaram de alegria enquanto muitos católicos se manifestaram escandalizados. Órgãos oficiais da Igreja, porém, apressaram-se a garantir não haver mudança da doutrina, nenhuma confusão com casamento entre homem e mulher e que, lamentavelmente, a imprensa não foi nada caridosa com o Papa mais uma vez. Saberá o Papa por onde anda, para onde vai e leva a Igreja? Será que Jorge Bergoglio privilegia o papel político de presidente do Estado Vaticano em detrimento do múnus espiritual? Quando menos espera, Jesus Cristo vai sair-lhe ao caminho como o fez com São Pedro, quando este abandonava Roma por via das perseguições e interpelá-lo: Quo vadis Francisco?! Qual será a resposta de Bergoglio? A seu tempo se verá.

O Cristo Maconde

Nangololo é uma localidade situada no Planalto dos Macondes, bem no coração de Cabo Delgado, a província mais a norte de Moçambique. Ali, em 1924, padres holandeses fundaram uma importante Missão Católica a partir da qual cristianizaram o aguerrido povo maconde, animista, especialmente notado porque os homens desfiguravam o rosto com golpes profundos e as mulheres usavam brincos aguçados no lábio superior, à laia dos modernos piercings e tatuagens, tão na moda hoje em dia. Enfeites que, dizem os antropólogos, se destinavam, nos primórdios, a dissuadir os esclavagistas árabes de os escravizar, acabando por se constituir em emblemas tribais. O Cristo Maconde Sublime de amor e sofrimento era o Crucifixo que se erguia por cima do altar-mor da enorme igreja da mítica Missão. Talhado em pau-preto, dizia- -se que o artista maconde que o esculpiu se representara a si próprio, em tamanho real, negro e luminoso como o mais puro ébano, não faltando no sagrado rosto do Crucificado tatuagens iguais às que o seu humilde criador exibia na sua própria face. Muito perto de Nangololo teve lugar o primeiro episódio funesto da guerra da independência com o assassinato por guerrilheiros da Frelimo, no dia 24 de Agosto de 1964, de Daniel Boormans, um jovem padre holandês que contava 33 anos à hora da morte, a idade do próprio Cristo. De salientar que o povo maconde, de moto-próprio, acalentou o sonho de se constituir numa pátria autónoma, razão pela qual os nacionalistas principais, de entre os quais destaco Lázaro Kavandame, foram fuzilados pela guerrilha marxista-leninista que na sua sanha totalitária reivindicou a herança colonial íntegra, um tanto à semelhança do que hoje acontece entre Angola e Cabinda. Surgem agora, decorridos quase 50 anos, notícias dramáticas da eclosão de violentos conflitos armados por todo o Cabo Delgado sendo que a mais amarga de todas refere a destruição daquela notável Missão Católica, apontando-se o dedo a islamitas radicais, motivados pelo mais cruel fanatismo religioso. Também se noticia que Cabo Delgado possui riquíssimos recursos energéticos de que o colonialismo português não ousou tirar partido e que igualmente poderão explicar a guerra, a par do remanescente nacionalismo maconde. Reconhecendo a sua incapacidade para controlar a situação o governo de Maputo terá pedido o auxílio da União Europeia e o Governo português ter-se-á declarado disponível para colaborar, designadamente no campo militar. Em Cabo Delgado a História fala por si, a defesa da língua portuguesa conta, a solidariedade com o martirizado povo maconde é um imperativo moral e a possibilidade de uma mais alargada cooperação com o Estado moçambicano não deve ser descurada. Acresce que forças militares portuguesas estão empenhadas, com assinalável sucesso, noutras regiões africanas que nada dizem a Portugal e que a defesa da Europa, ameaçada pelo terrorismo islâmico, se trava igualmente no planalto maconde. Sem esquecer que a memória dos muitos militares portugueses, combatentes da I Grande Guerra e da dita Guerra Colonial, que por lá permanecem sepultados, deve ser honrada, da mesma forma que os mártires nacionalistas macondes não podem continuar esquecidos. É por tudo isto que a disponibilidade declarada pelo Governo português para prestar auxílio militar a Moçambique deve ser encorajada. Sobrepensando, claro está, eventuais baixas em combate.

Abençoado populismo! Benditos populistas!

Parafraseando aquela engraçada adivinha da pescada, pergunto: quem será o candidato à Presidência da República, que antes de o ser já o é? A resposta é óbvia: Marcelo de Sousa, um presidente sempre presente, contente e sorridente, embora tenha mais que chorar do que rir. Com o descalabro da Saúde, por exemplo, e a vergonhosa falência da Justiça, que atafulha esqueletos nos armários. É óbvio que se Marcelo de Sousa honrar a coerência e lisura que dizem ser seu timbre abandonará o cargo presidencial no final do presente exercício porquanto, quando em 2014 analisou, na televisão, os oito anos da presidência de Cavaco Silva, defendeu categoricamente que “o próximo presidente”, fosse quem fosse, não deveria candidatar-se a um segundo mandato. Não pensava, na altura, por certo, que o próximo seria ele. Marcelo de Sousa, porém, não está só nesta matéria. É seu “companhon de route” António Costa que declarou, em 2009, “não haver partido à esquerda que merecesse credibilidade para uma coligação com o PS” e qualificou o Bloco de Esquerda como «um partido oportunista que parasita a desgraça alheia e incapaz de assumir responsabilidades». Ironia do destino: o BE viria a constituir-se, pela mão do próprio António Costa, num dos esteios da “geringonça”, a sua tábua de salvação. Já que à rede veio pescada também as pescadinhas de rabo na boca merecem ser citadas. Senão vejamos: o PCP, fiel aos seus sacrossantos preconceitos, acaba de anunciar João Ferreira como o candidato da praxe. O BE idem aspas: recandidata a candidata anterior como se de um fetiche se trate. Fica-se com a ideia de que o que verdadeiramente pretende é renovar a registo de Marisa Matias em Bruxelas. No PS repete-se o escabeche do costume, o que levou Ana Gomes saltar fora do covil socialista. Já o PSD de Rui Rio continua com o motor gripado, à espera do reboque do PS. PS e PSD que têm um objectivo comum: repartir os privilégios e mordomias que o Regime lhes confere, sendo que só o populista pró-sistema Marcelo de Sousa os une nessa antidemocrática função. Concluindo: andam todos a morder os rabos, como as populares pescadinhas. Falta saber quantos do PS irão votar em Ana Gomes, quantos do PSD e do CDS irão votar em André Ventura e qual destes será capaz de seduzir maior número de abstencionistas, passar à segunda volta e eventualmente destronar Marcelo de Sousa. Cenário que não é de todo despiciendo face à imprevisibilidade reinante na política nacional. Poderemos contudo admitir que se a populista Ana Gomes for eleita nenhum mal virá ao Regime ainda que a “geringonça” possa voar mais alto nos céus socialistas e só aterre na Venezuela. Mais incerto é o que acontecerá se o populista André Ventura for eleito, ainda que o presidente da viciosa república lusitana não tenha mais poder que a decorativa rainha de Espanha. Será que PCP e o BE passam à luta armada? Instalar-se-á uma guerra civil em Portugal? PSD e PS coligar-se-ão, finalmente, para defender o Sistema? Ou será que tudo vai continuar como está, com o Estado transformado numa monstruosa pescada que morde o próprio rabo, servida com arroz de malandros, o prato predilecto dos lambões do erário público? Imbróglio que só os eleitores que o mais lídimo populismo nacionalista conseguir mobilizar, poderão desfazer. Abençoado populismo! Benditos populistas! São a nossa derradeira esperança!

Deixem as crianças ser crianças, as mulheres ser mães e os homens ser pais!

Não é produto de fábrica nem vem de Paris no bico de uma cegonha. Muito menos é arranjo aleatório de cromossomas manipulável por passes mágicos, como pretende certa ciência esotérica. Nasce no ventre de uma mulher concreta, a mãe, mesmo quando se trata de barriga de aluguer e de inseminação artificial. A sua sobrevivência e crescimento depende daqueles que dela cuidam com insubstituível amor e carinho, ainda que possam não ser os seus procriadores. Por isso se diz que pertence aos pais, não sendo admissível que o Estado se intrometa na sua sagrada intimidade sem motivos para tanto. Só a partir do momento em que a criança deixa de o ser porque alcança a maioridade, o Estado e a Sociedade devem dar continuidade à sua formação e civilidade. Princípios que o Governo português está ostensivamente a subverter. De entre os factos que mais desacreditam o Regime vigente, que penaliza gravosamente as crianças e as famílias, destacam-se a corrupção, a ineficácia da Justiça e o facciosismo político. A estas gravíssimas deficiências regimentais o actual primeiro- -ministro acrescentou uma nova mais subtil: a prostituição do poder. Não se trata de constituir as maiorias parlamentares necessárias à viabilização de governos, que é uma das maiores virtudes da democracia, mas da traição oportunista do eleitorado e do abandono de princípios éticos e programáticos. O que está bem patente no plano maquiavélico de gravar, à sorrelfa, nas indefesas mentes infantis, embrulhados no enganador pacote da Educação para a Cidadania e Desenvolvimento (ECD), princípios e prácticas da diabólica Ideologia de Género, que não deve ser confundida como muitos maldosamente pretendem, com a Igualdade de Género que trata da dignificação plena da mulher, que já tarda. Há testemunhos documentados nas redes sociais de que a coberto desta disciplina se cometem verdadeiros crimes contra as crianças, que merecem ser investigados por quem de direito. Urge que o povo português tome consciência desta monstruosa conspiração que ofende gravosamente os fundamentos morais da Nação. Entretanto um grupo de afamadas celebridades dirigiu ao Presidente da República um tímido baixo assinado defendendo a objecção de consciência dos pais perante estas sinistras prácticas educativas. Em resposta um grupo de notáveis de outra cor e fama promoveu um mais agressivo manifesto defendendo o contrário, isto é, que a ECD não pode ser objecto de objeção de consciência. Fica-se com a ideia de não haver, nuns e noutros, lucidez suficiente, antes facciosismo a mais e moral a menos porquanto o verdadeiro problema não é a dita disciplina escolar, mesmo se contemplar uma sadia educação sexual, mas o facto de servir de cavalo de Tróia da diabólica Ideologia do Género que, entre outras ideias abjectas, defende a licitude da pedofilia e das relações incestuosas, designadamente entre pais e filhos. Uns e outros deviam, isso sim, pugnar para impedir que tão sinistros educadores possam tratar as crianças como lhes dá na maléfica gana. E porque não ouvir os portugueses em referendo sobre esta matéria, à semelhança da Eutanásia e do Aborto? Deixem as crianças ser crianças, as mulheres ser mães e os homens ser pais! Para que a paz e a tolerância reinem entre todos.

Quem governa Portugal, afinal?

Há sinais preocupantes de que a pandemia ameaça lançar Portugal num verdadeiro pandemónio. 
Sobretudo no que à política diz respeito com a generalidade dos políticos a dar provas de não estar à altura dos acontecimentos, dando crédito ao sentimento popular que aponta nesse sentido. 
O exemplo mais recente é a tragédia do lar de Reguengos de Monsaraz à qual o truculento António Costa respondeu com a grosseria que é seu timbre, procurando redimir-se de mais um trágico fracasso da sua administração. 
Valeu-lhe, desta vez, a inocência do bastonário da Ordem dos Médicos que se prestou a passar de acusador a cúmplice.
No ataque à crise sanitária o Governo continua a não saber às quantas anda e a Oposição dá uma no cravo e outra na ferradura.
No que à gestão da crise económica diz respeito a direita tradicional nada de bom acrescenta, nem de mau tira, à política avulsa do Governo, enquanto as esquerdas peregrinas persistem na agitação social e na demagogia irresponsável.
O BE, mais precisamente, travestido de social-democrata para o baile eleitoral, anda a promover o racismo a preto e branco, que diz combater, esquecendo os ciganos, entre outros, porque estes não estão pelos ajustes.
Emblemática é a teimosia do PCP que persiste em realizar a Festa do Avante contra tudo e contra todos, desafiando ostensivamente o Governo que mete os pés pelas mãos e responde com a costumeira frouxidão. 
Entretanto continuam palpitantes, quiçá para sempre, porque envolvem altos governantes e banqueiros, múltiplos crimes de colarinho branco com contornos de traição à Pátria.
Também não é novidade para ninguém que o primeiro-ministro dá prioridade à gestão dos interesses da alargada família socialista em detrimento do interesse nacional e do governo da Nação.
Enquanto o presidente da república, na opinião de analistas autorizados, continua apostado em bater o record de votos da desgraçada democracia portuguesa, em competição com o defunto Mário Soares.
Governar, porém, é muito mais do que prostituir o poder democrático, arte em que António Costa se celebrizou.
Não é de espantar, por isso, que a massa anónima de descontentes em que prevalece o atávico sentimento nacional esteja a crescer a olhos vistos e a ganhar decisiva força eleitoral.
De tudo isto tira partido a novíssima direita, ainda em formação, para se afirmar e crescer vertiginosamente.
Enquanto os partidos situacionistas e os depredadores do Estado, tentam desesperadamente debelar o fenómeno associando-o a fantasmagóricas emanações fascistas.
Melhor seria que parassem de gritar “aí vem lobo” e tratassem de concertar as reformas fundamentais, enquanto é tempo.
Nunca a democracia esteve tão periclitante e tantas dúvidas houve sobre quem na verdade governa Portugal.
Serão os chineses da EDP? Os agiotas do Novo Banco? É Bruxelas? Serão sociedades secretas? Será o velho e alquebrado Jerónimo de Sousa? A teatral Catarina Martins? O inefável Mamadou Ba? A encantadora Joceline Moreira?
Serão as televisões? Os jornais? Os “entertainers” Manuel Luís Goucha e Cristina Ferreira? 
São os cães? São os gatos?
Eu diria que todos desgovernam à vez e que ninguém governa coisa nenhuma. E que Portugal continua ao deus-dará.
Que está nas mãos dos incendiários políticos e florestais.
Ao sabor do Covid.

Este texto não se conforma com o novo Acordo Ortográfico.
 

Às armas, às armas!

Para os portugueses de lei, com quilates para tanto, seja qual for o credo ou a cor da pele e que não obtiveram a cidadania por caridade, o Hino Nacional é um dos símbolos da Pátria, a par da Bandeira e do Presidente da República. Para a maioria, porém, este último, na pessoa do actual titular, não passa disso mesmo, de um símbolo oco, de um fetiche do Regime. De uma mascote da fina flor política, que não é flor que se cheire, que vive alapada nos meandros do sistema e que já anda alvoroçada nas televisões e nos jornais, a tentar garantir privilégios com a reeleição do seu protector, enquanto é tempo. A Bandeira Nacional que mantém, felizmente, o simbolismo universalista, apenas drapeja quando o arfar da direita moribunda lhe dá de feição. Já os arrotos ideológicos de uma certa casta de esquerda que, se pudesse, já teria substituído a esfera armilar pela caveira dos piratas, geram ventos insidiosos de racismo e sexismo que maculam a democracia com monstruosidades tais como a diabólica ideologia do género. Uma outra casta da dita, saudosista do perdido paraíso marxista-leninista, que se despedaçou em variados infernos comunistas, persiste em lançar no ar baforadas festivas de vírus, foices e martelos. Avante camaradas! Felizmente que o Hino Nacional conserva a mensagem patriótica original em que se destacam as estrofes que abrem com a proclamação Às armas, às armas! Pela Pátria lutar! Sensível a este chamamento patriótico, o povo português recorrerá inexoravelmente às armas, se a tanto for obrigado, como na crise de 1383-1385, na revolta da Maria da Fonte ou no Verão Quente de 1975. Que ninguém duvide! Com mais força de razão agora que piratas anónimos das ilhas Caimão, reconhecidos corsários do Novo Banco, da TAP e da EDP, para não citar outros mal-afamados flibusteiros, impunemente saqueiam o Estado e traem a Nação. É sentimento popular generalizado que o País está refém de associações de malfeitores e que, por isso mesmo, o Estado está cada vez mais endividado, os portugueses cada dia mais pobres, a sociedade mais desigual e nas escolas se ensina selvajaria e perversão sexual sob o véu da cidadania e do civismo. Enquanto isso a Justiça continua incapaz de conferir ao Regime a indispensável dignidade democrática. Já ninguém sabe quem governa Portugal! Não é de estranhar que a maioria dos portugueses, face à gravidade da situação, suspire por um mais bem-sucedido 25 de Abril. Mas também não é por aí que devem ir os portugueses e ainda bem que o povo é sereno, embora crédulo e cordato. Até ver. Devem, isso sim, os portugueses de lei, pegar nas armas que a democracia lhes faculta e fazer justiça pelas suas próprias mãos. Não a justiça de Fafe, a do sacho, do estadulho, ou da caçadeira. Antes a justa indignação a que têm direito, a manifestação pública, a denúncia leal e verdadeira de todo e qualquer crime contra a Nação! O voto certeiro, preferencialmente. Com a Portuguesa como música de fundo, claro está! Também os políticos dignos e honrados, que por certo ainda há, devem respeitar o povo e rebelar-se contra o Regime agonizante, abrindo caminho para a democrática refundação da Democracia, antes que os vende pátrias provoquem a guerra civil e apaguem Portugal da História da Civilização. Às armas, às armas! Pela Pátria lutar!

Já ardem catedrais!

Reza a história dos santos que Santa Sofia nasceu em Roma, por volta do ano 130, era Públio Élio Adriano imperador. No âmbito da célebre perseguição dos cristãos foi Sofia presa com suas três filhas que foram barbaramente decapitadas na presença da sua própria mãe. Sobreveio a santidade de Sofia que seria mais tarde proclamada padroeira de um majestoso edifício construído entre os anos 532 e 537, destinado a ser catedral da então Constantinopla, a moderna Istambul. Trata-se da universalmente conhecida Basílica de Santa Sofia. Para lá da posição marcante que assumiu na história da arquitectura, (foi modelo de inúmeras mesquitas otomanas), esta notável construção serviu como templo da Igreja Ortodoxa durante 844 anos, esteve sob domínio da Igreja Católica durante 57 anos apenas, e voltou ao domínio da Igreja Ortodoxa por um novo período de 192 anos. Em 1453, na sequência da conquista de Constantinopla pelo sultão Maomé II, primeiro soberano do Império Otomano, foi a basílica convertida em mesquita e como tal funcionou até 1931, por 478 anos, até que Kemal Atatürk, carismático fundador da moderna República da Turquia, a transformou em museu profano. Resumindo: A Basílica de Santa Sofia, contruída sob a égide cristã entre os anos 532 e 537, serviu o cristianismo durante 1093 anos, o islão por 478 anos e funcionou 89 anos, entre 1931 e 2020, como museu. A sua reclassificação em mesquita acaba de ser consumada numa cerimónia religiosa presidida pelo islamita Erdoğan e na qual um influente imã, de espada em punho, falou de conquista aos seus correligionários, numa clara exortação à “jihad”, a guerra santa muçulmana. Decisão marcante que atraiçoa a memória de Kemal Atatürk e indicia o progressivo engajamento de Erdoğan com as sinistras legiões fundamentalistas que pugnam pela destruição do estado laico, pela conquista da Europa e o aniquilamento da cristandade. Matéria em que Erdoğan está, por agora, em sintonia com o chinês Xí Jìnpíng enquanto o russo Vladimir Putin, ironia do destino, se perfila como o grande defensor do cristianismo. Todavia, outros perigos ameaçam as nações europeias, degradam a emblemática democracia, a segurança e o bem-estar das populações, perante a preocupante pusilanimidade da maioria dos líderes europeus. A pandemia, com a crise económica e social dela decorrente, é apenas uma parte, ainda que emergente, do problema. A corrupção de estado, a imigração maligna incentivada pelos inimigos da Europa, a denegação da sua História, Cultura e princípios humanistas têm vindo a desempenhar um crescente papel subversivo, perante o desleixo, conivência e mesmo traição dos políticos que facilitam a ocupação dos seus países pelos fundamentalistas islâmicos e outros não menos perigosos agentes. Esquecem tais políticos que na Europa não cabe toda a miséria do mundo e que o mundo sem a Europa e os princípios europeus será, mais do que já é, um mundo de miséria e opressão. A norte já a autoridade do estado, a liberdade civil e religiosa e a paz social estão seriamente comprometidas. A sul já ardem catedrais! Prenúncios de guerra civil generalizada, de pendor social, religioso e racista, para qual a Europa inexoravelmente caminha se é que não está já em curso. Os infiéis, cristãos e não só, que se cuidem

Política da mão-fechada, da mão-rota e da mão estendida

A actual situação portuguesa é por demais deprimente. Tal não tem só a ver com a pandemia muito embora seja esta a razão principal. É deprimente porque os portugueses temem que Portugal esteja a caminhar para o abismo, com a democracia refém da dita esquerda, estrangulada pela mão-fechada do PS, manancial de nepotismo e corrupção, pelas mãos-rotas demagógicas do BE e do PCP, que acenam freneticamente a Cuba e à Venezuela, para não ir mais longe, e a mãozinha do PAN que esbraceja tentando não se afogar. Com a desdita direita, mais precisamente PSD e CDS, de mãos atadas, e os proscritos Chega e IL de dedos em riste a apontar não se sabe bem para onde. Não é de estranhar, por isso, que cada dia haja mais portugueses de mão estendida a pedir socorro e que um número muito significativo já não hesite em estender o braço direito. A situação é deprimente porque o Presidente da República se converteu num professor e comentador político arvorado em ministro de estado da propaganda, alienando o fundamental da sua missão. Presidente da República que é um engano porque o povo se enganou quando nele votou, como o próprio povo o testemunha nas redes sociais, de forma massiva, espontânea e livre. É deprimente porque o primeiro-ministro, que anda em campanha eleitoral permanente, mais uma vez dá mostras de não ser capaz de coordenar devidamente o Governo, como aconteceu nos trágicos incêndios florestais de 2017. É deprimente porque os cofres do Estado sangram abundantemente por força de sorvedouros como o Novo Banco e a TAP, outros virão, que os políticos não sabem ou não querem estancar, enquanto a Administração Pública cada vez mais se enreda nas teias da mais insidiosa corrupção. É deprimente porque a União Europeia se mostra perigosamente desunida e descoordenada perante ameaças fatais como a pandemia e o fundamentalismo islâmico, sendo este o problema fulcral da imigração. Imagine-se o que seria se um conflito militar generalizado eclodisse. É deprimente porque o que se conhece do Plano de Recuperação da Economia indicia que a hegemonia asfixiante de Lisboa & Monopólios prevalece e as potencialidades agropecuárias, hídricas, ecológicas e turísticas do Interior em geral e de Trás-os- -Montes em particular irão continuar deprimidas. Deprimente é o ambíguo distanciamento, dito social, que não deveria ser social nem colectivo, mas antes individual e pessoal, devendo as colectividades, as escolas e as empresas continuar operativas, produtivas e solidárias. As pessoas é que que devem ser protegidas individualmente, por quem de direito, e se devem proteger mutuamente. Com este sinistro distanciamento social mais os políticos se distanciam do povo, os trabalhadores das empresas, os alunos das escolas, os pobres dos ricos e as famílias dos seus membros. Talvez seja isso mesmo que pretendem os ideólogos do distanciamento social ainda que o não confessem. Deprimente, sobretudo, é perceber que os políticos continuam a tomar os portugueses por estúpidos e carneiros, por labregos que comem tudo que lhes põem no prato. Uma coisa é certa: Portugal apenas sobreviverá com verdade, democracia verdadeira, muito patriotismo e justiça exemplar. O que implica políticos patriotas, honestos e competentes.

Pátria de apátridas

Talvez o título melhor se aplique à Europa no seu todo. Foquemo-nos na pátria portuguesa, por agora. No quadro do actual Regime político seria um completo dislate um partido apresentar-se como não sendo de esquerda, nem de direita, nem do centro. Não é que fosse ilegalizado, como se de um partido de extrema-direita se tratasse, embora haja partidos de extrema-esquerda com assento parlamentar, cujos agentes impunemente promovem o ódio racial e atacam instituições básicas da democracia. O problema, mais do que não constar no catálogo de ideologias da AR, seria decidir onde sentar tão peregrino partido no hemiciclo, por inexistência de lugar físico e ideológico. Optar por uma gaiola separada significaria admitir que a verdadeira Nação não está ali representada. Razão pela qual também não são autorizadas candidaturas independentes à AR, muito embora não faltassem candidatos, porquanto a maioria esmagadora dos cidadãos livres e de bons costumes se assume apartidária e se abstem em função das circunstâncias. Maioria para quem os labéus comunista e fascista são insultuosos por igual, mas que considera um elogio o epíteto patriota. Felizmente, até ver, o voto ainda não é obrigatório e os cidadãos não são matriculados à nascença num partido, muito menos num partido único regimental. O diabo seja cego, surdo e mudo. Mesmo os mais entranhados militantes dos actuais partidos que se dizem democratas, têm a obrigação moral de não terem comportamentos facciosos e muito menos fanáticos, embora se verifique o contrário. Lamentavelmente, um qualquer cidadão que publicamente declare o seu amor à Pátria e se orgulhe da História e da Língua portuguesa é mimoseado pelos ditos democratas, com os piores adjectivos, desde fascista a salazarista, passando por racista e colonialista. Mesmo quando se trata de portugueses do mundo, pacifistas, amantes da democracia e respeitadores de todas as nações. Portugal está transformado numa pátria de apátridas, como se vê. Não tanto por força dos imigrantes com os quais o Governo hipocritamente pretende fazer caridade e suprir as necessidades de mão-de-obra barata mas mais agrava a miséria comum. Também pela leveza com que a cidadania portuguesa é concedida a estrangeiros sem a suficiente ligação histórica, cultural ou familiar, para lá do fundamental conhecimento da língua, do indispensável cadastro criminal ou do aconselhável estágio de integração na comunidade lusíada. Fundamentalmente porque o Governo não cuida devidamente da História, da Cultura, da Língua, da Educação Cívica, do Património pátrio e do atávico Humanismo e Universalismo português, deixando o povo indefeso à mercê dos mais abjectos colonialismos ideológicos, culturais, políticos e económicos. Pátria de apátridas. Rosto de um Estado pária, que apenas sobrevive graças à caridade da Europa. Estado pária governado genericamente por impostores apátridas, para não dizer traidores, que vendem a Nação por um voto e a Pátria por um pataco. Dói mas é verdade! Produto espontâneo do Regime corrupto floresce agora o partido Chega, cujo líder, André Ventura, poderá não passar de um percursor, porque maiores surpresas estão para chegar envoltas nas brumas da crise. Cuidem-se

Colonização, colonialismo, racismo e tribalismo

Não importa saber se George Floyd, o americano negro assassinado por um polícia branco, em Minneapolis, nos EU, era ou não um cidadão exemplar. Tratou-se de um crime hediondo, público e notório, em qualquer caso. Não é de espantar, por isso, que tenha dado aso a uma violenta vaga de manifestações um pouco por todo o mundo livre. Estranha-se, isso sim, que nenhuma repercussão tenha tido nos estados marxistas-leninistas e nas teocracias islamitas que favorecem todo o tipo de racismo e terrorismo e que não deixarão de se aproveitar deste evento no contexto da batalha geopolítica. Já a História de Portugal é sobejamente conhecida, no bem e no mal. Alguns, porém, por obscuras intensões ou simplesmente porque está na moda, realçam as maldades do colonialismo e desprezam as bondades da peculiar colonização portuguesa, a campeã da miscigenação. Sinistramente ridículas são as razões aduzidas para vandalizar, entre outras, uma estátua do padre António Vieira, símbolo maior da excelsa colonização portuguesa e anátema de todos os colonialismos designadamente marxistas-leninistas. Melhor agora se vê que, face à miséria que grassa pelo mundo, a trágica descolonização do Ultramar português foi uma grande perda para a Humanidade. E assim se compreende que este lamentável evento se tenha repercutido, entre nós, de forma branda e paradoxal, evidenciando que não há segregação racial em Portugal, embora haja descriminação social, e política por via partidária. Outra coisa é o tribalismo emergente nos bairros marginais da capital. Não devemos, portanto, confundir colonização com colonialismo e racismo com tribalismo. Colonização é dádiva, partilha, comunhão, factor de humanização e progresso. Foi o que aconteceu, em larga medida, no Ultramar Português, à custa de muito sangue, suor e lágrimas, muito em especial no Brasil, em Goa e em Angola, mais visível, neste caso, nos anos que antecederam a independência Racismo e tribalismo também não são a mesma coisa, ainda que se manifestem de igual forma. Racismo é desumanidade e exploração criminosa. Tribalismo é barbárie e cegueira. O pensamento dos badalados Mamadou Ba e Joacine Moreira, filhos mal-agradecidos da colonização que combatem, é tribal. Está nos antípodas de Nelson Mandela e de Luther King. Igualmente tribal é o comportamento da comunidade cigana que persiste em se auto marginalizar e autoexcluir. Havemos de concluir, portanto, que o tribalismo emergente nos bairros degradados da capital está a ser aproveitado por interesse obscuros que pretendem denegrir a História portuguesa e liquidar a democracia, perante a incompetência criminosa das mais altas instâncias nacionais, com o Presidente da República à cabeça que, embriagado por um certo narcisismo televisivo, persiste em iludir o essencial da sua missão. É caso para lembrar que quem semeia ventos colhe tempestades. Na sombra de fenómenos tão avassaladores que desacreditam a democracia e desvirtuam a justa luta contra as injustiças e as desigualdades, três sistemas tenebrosos planeiam subjugar a Humanidade: o comunismo chinês, a teocracia islamita e o sistema sub- -reptício que se esconde por de trás da relapsa ideia da Nova Ordem Mundial. Talvez melhor fosse, enquanto é tempo, reformar os viciosos regimes políticos ocidentais e salvar a democracia.