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Associação de Atletismo de Bragança inicia retoma das competições com a Corrida da Liberdade

Ter, 20/04/2021 - 22:08


A organização da prova é do município macedense e pontua para o Campeonato Distrital de Corrida em Estrada da Associação de Atletismo de Bragança (AAB) e para o Campeonato de Portugal de Corrida em Estrada da Associação Nacional de Desporto para Desenvolvimento Intelectual.

Resposta aos censos através da internet pode ser desafio para população mais velha

Ter, 20/04/2021 - 11:15


A contagem e caracterização da população e do parque habitacional, que decorre de 10 em 10 anos, pode representar dificuldades para a população mais idosa e com mais dificuldade de utilizar as novas tecnologias de comunicação. A resposta iniciou-se ontem, através do site censos2021.ine.pt.

ACISB celebra terceira fase de desconfinamento com balões espalhados pela cidade

Ter, 20/04/2021 - 11:08


A Associação Comercial, Industrial de Serviços de Bragança (ACISB) deixou balões e carpetes à porta de vários espaços, num total de 210, convidando os clientes a entrar e assinalando assim esta última fase de desconfinamento, que representa a abertura de todos os sectores de actividade, ainda que

Vendavais- Sexta-feira negra

Devido a uma quinta-feira negra, o mundo entrou numa das maiores crises económicas de que há memória. Corria então o ano de 1929. Quando tudo parecia correr muito bem, eis que a bolsa de Nova Iorque teve um crash inimaginável, arrastando consigo os EUA e o mundo inteiro para uma depressão terrível nos anos trinta. Foi o desmoronar de um sonho lindo para os americanos. Nada temos que nos assemelhe aos EUA e muito menos em termos económicos. Era bom que assim fosse, mas não é, a não ser que alguns dos aspetos ligados à economia, mas por razões menos agradáveis, nos levem a isso. E até lhe podemos chamar sexta-feira negra. Quando um dia corre mal, é sempre um dia negro. Até mesmo há dias quando Philippe Caveriviere, um radialista armado em bom, resolveu insultar os portugueses incluindo Ronaldo. Chamou-nos a todos atrasados e só faltou chamar-nos feios como fez o Cid. Que dia negro! A nossa bolsa não rebentou e nem podia, pois não tem qualquer força para isso. Mas esta sexta-feira negra de nove de abril tem a ver com a justiça e com os arguidos que estiveram em presença de um juiz instrutório ou instrutor de um processo que cheirava mal, de tanto estar guardado à espera de ser exumado. Todo o país parou para saber o resultado que iria sair da boca do juiz sobre o caso Operação Marquês. Ao fim de quase quatro horas, e depois de tanto apoucar o Ministério Público e seus juízes, o juiz instrutor deixou cair mais de cem crimes, não sendo objeto de posterior apreciação e julgamento. Simplesmente ficaram sem efeito e sem julgamento, como se nunca tivessem existido. Uns porque prescreveram outros porque não tinham provas substanciais que permitissem culpabilizar e condenar os arguidos, mesmo admitindo que alguns dos crimes existiram. Durante uma tarde inteira assistimos ao juiz Ivo Rosa a bater e a desmontar todas as acusações e provas apresentadas pelo Ministério Público, como se fosse o único detentor da verdade absoluta. Ele, representante da justiça a bater na própria justiça. A fazer pouco da justiça deste país. E se calhar tinha razão se começarmos pela sua própria atitude perante os factos apresentados neste processo. Vergonhoso. Houve crimes, mas ninguém pode ser culpabilizado. Acabou a concluir que em Portugal não há corrupção, simplesmente porque não há provas a comprová-la. Como é evidente, o corrupto não vai deixar um papel assinado a dizer que o é. As provas deverão estar subjacentes aos atos e são elas que se devem esgrimir para poder condenar. No que se refere às provas contra José Sócrates, desmontou-as, afastando o arguido de ir a tribunal, desculpabilizando-o pelo que supostamente fez e foi demonstrado pelo Ministério Público, como se alguém conseguisse acumular trinta e quatro milhões em meia dúzia de anos. Os portugueses desconheciam as capacidades de Sócrates que fazem lembrar o das antigas lavadeiras que levavam à cabeça as cestas de roupa suja para lavar à beira dos rios e depois de bem esfregada a roupa suja das casas ricas, punham tudo a corar para branquear os alvos lençóis retirando-lhe as nódoas negras da sujidade anterior. Ficámos a saber agora! Que tipo de enriquecimento é este? Ilícito certamente. E segundo parece, este branqueamento é o único crime de que é acusado, pois não há outra forma de justificar tamanha fortuna em tão pouco tempo. Mas Sócrates nega e diz que vai provar o contrário. Talvez. O curioso destas andanças políticas é o facto de se conhecerem tantos casos de corrupção e a que ocorre tão prontamente a justiça, sempre pronta a condenar mesmo sendo de muito menor monta, pois o que conta não é o montante mas o ato em si. Lembramo-nos de Izaltino Morais e de Armando Vara por exemplo. Atos de pouca monta! Pois bem, então condenemos os atos, porque eles existem, mesmo que prescritos, já que só prescreveram porque a justiça quis. Tanta lentidão para uns e tão apressada para outros! É o caso recente da Presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, Conceição Cabrita, que foi detida terça-feira passada por suspeitas de crime de corrupção, com as instalações da Câmara a serem alvo de buscas. Segundo consta, a situação diz respeito a um negócio imobiliário, em Monte Gordo. Em causa está a venda de um imóvel a uma empresa, por valores abaixo do mercado, com o município a sair lesado da situação. Para além disso, há suspeitas de contrapartidas para a autarca e para um funcionário da câmara, que também foi detido. Corrupção ou recebimento de vantagens. Ora bem, que célere esteve a justiça neste caso a descobrir a corrupção da presidente da Câmara. De facto, a nossa justiça parece funcionar com dois pesos e duas medidas e também a duas velocidades. Depois não se admirem das manifestações de desagrado que surgem um pouco por todo o lado. Se para alguns casos bastam indícios, para outros não funcionam porquê? Quem quer a justiça desculpabilizar? Julgue- -se quem tiver de ser julgado e absolva-se quem tiver de o ser, mas depois de julgamento, não antes. Não brinquem com a justiça. A corrupção sempre existiu e há-de existir sempre, mas apanhem os culpados e julguem-nos. Não brinquem a este jogo, porque pode sair caro. Esta sexta-feira, nove de abril, foi naturalmente muito negra para a justiça portuguesa e talvez mesmo, para o juiz que protagonizou tal dia fatídico. Não se pode enterrar a justiça ao lado dos criminosos. O campo do funeral tem forçosamente de ser diverso e bem distante um do outro.

Sem cicuta, sem pudor

No início da operação Marquês um familiar chegado resumiu o esdruxúlo e sinuoso processo a acusações de cariz fiscal. Ouvi a opinião escorada em bons conhecimentos jurídicos e amplo saber sobre os tribunais portugueses. De Conrado guardei prudente silêncio na justa medida de naquele pântano judicial nadavam peixes vorazes, recheados de espinhos ao modo dos sáveis, sabogas, savelhas e lúcios de alto coturno donos de dentes afiadíssimos dos dois lados, especialistas em águas profundas, violações do segredo de justiça, caneladas tão lesivas quanto as do na denominada o Tita jogador do Desportivo de Bragança a fazer corar de vergonha (coisa não vista, nem ouvida na denominada operação Marquês vaidade do Ministério Público) o pundonoroso e disciplinado capitão da mesma equipa, para lá das entrevistas capciosas dos acusadores e dos acusados. Durante sete anos (sete anos serviu como pastor Jacob a Labão por amor a Raquel) nesta novela narrada conforme as conveniências dos contentores não surgiram amores carnais, sim assolapadas paixões pelo vil metal que sendo vil «lustra e enobrece» mercadejadores e vendedores de simpatias nos jornais, nas televisões, na opacidade dos gabinetes, nas alcovas, bares e restaurantes de mesa fixa. Ao fim dos sete anos de pastoreio investigativo o juiz de instrução lapidarmente, sem sofismas, em linguagem colorida infestada de vírus irónico, de ironias psiqueanalíticas a apontarem fantasias a indiciarem leituras de Freud e Iung, reduziu a estilhaços a acusação provocando um sismo de grau 10 nas hostes do procurador Rosário Teixeira, azia a Carlos Alexandre a sobrepor-se às doses duplas de sais de frutos, a obrigar profunda reflexão aos altos operadores de justiça e, para remate final o golo do juiz no início do jogo relativamente ao obscuro sorteio do juiz natural. Tudo somado faz lembrar a acção punitiva do ministro bragançano e salazarista Cavaleiro de Ferreira, sobre o Conselho Superior que aferia as qualidades dos juízes no tempo do Estado Novo. Agora, os dados estão lançados, o Pavão Sócrates atroa os ares soltando cantares acídulos, o MP emudeceu, os comentadores acotovelam-se a cotovelar opiniões, os jornalistas vampiros dos segredos de justiça estão sequiosos quais sanguessugas, Marques Mendes destila baba ressabiada por cima de Ivo Rosa (andou ele anos a fio a perorar estilo barata tonta), os juízes dos tribunais superiores coçam a cabeça indecisos), a Senhora Ministra e procuradora imita o Sr. Pangloss, a Senhora PGR está atónita e perplexa, a Senhora ex (como os reis sem coroa) Joana Marques Vidal rememora irritações, Galante & Rangel apostam na redentora redução, Zeinal e Granadeiro estão chorudamente reformados, bem vinho a Herdade do Perdigão que Granadeiro volta a possuir, e…quanto ao dono disto tudo vai lavando os pratos para neles lançar a vingança que se serve fria. O banqueiro gosta de apresentá-la gelada. A barrela justicialista vai continuar. Agora ao florentino e veneziano!