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Reclusos de Izeda furtaram produtos do bar da cadeia para pagar favores

Ter, 25/06/2024 - 11:24


Segundo avançou o Jornal de Notícias, na passada sexta-feira, os reclusos furtaram mais de “31 mil euros” em “café, tabaco, sumos ou produtos de higiene” que eram usados para “pagar favores, serviços de limpeza da cela ou como moeda de troca por roupa e sapatilhas” dentro do próprio estabelecimen

União Europeia: um bicho de sete cabeças

Volto ao tema “União” a propósito das recentes eleições para o Parlamento Europeu, cujos resultados apontam para a manutenção do já tradicional equilíbrio de forças parlamentares, confirmada que está a predominância do Partido Popular, que reforçou o número de mandatos de 176 para 186, incluindo os 7 eurodeputados eleitos pela AD, secundado pela Aliança dos Socialistas, que perdeu cinco mandatos, mas conserva 139, considerando os 8 eurodeputados eleitos pelo PS português. De salientar que estas duas maiores famílias políticas, que estiveram na origem da União, continuarão a ser as suas traves mestras, sem esquecer outras igualmente relevantes que reafirmam o seu europeísmo, como é o caso dos Liberais e dos Conservadores. Facto particularmente relevante se tivermos em conta a profunda crise político-militar desencadeada pela mão de Vladimir Putin, porque tudo leva a crer que a política da União de apoio à Ucrânia se irá manter e mesmo reforçar, designadamente com a sua integração na Comunidade. Ainda que a ascensão generalizada de partidos ditos de extrema direita, com realce para a vitória de Marine Le Pen, em França, esteja a causar forte “frisson” no que ao futuro da União diz respeito e também quanto ao desenrolar da guerra a leste. Certo é que os tão falados, quanto sinistros, pactos de partidos europeus de estre- ma direita com o Kremlin, terão passado à História ou deixado de ser relevantes no actual contexto, o mesmo se não dizendo da absurda subserviência comunista ao ditador moscovita. Não serão estas, portanto, as bombas atómicas com que Putin ameaça destruir a Europa. Tenha-se em conta, todavia, que as ideologias de direita ou de esquerda, não passam, hoje em dia, de litanias difusas, volúveis e moldáveis à realidade de cada país e à dramática conjuntura internacional. Com excepção da lendária coerência programática do PCP, claro está. Não será de admirar, por isso, repito, que o apoio político e militar da União Europeia à Ucrânia venha a ser reforçado, também por via de Estados-membros em que a estrema direita é poder. Certo é que a União Europeia continua a ser um bicho de sete cabeças, considerando os desafios que enfrenta e a complexidade das instituições que a compõem. Sete (7) são os seus órgãos supranacionais, que convém aqui lembrar: o Parlamento, o Conselho Europeu, a Comissão, o Conselho da União, o Banco Central, o Tribunal de Justiça e o Tribunal de Contas. Sete (7) são as famílias políticas com assento no Parlamento Europeu que emanam dos actuais vinte e sete (27) Estados-Membros. Vinte e quatro (24) são as línguas oficiais. Notável é a consagrada linha de rumo europeísta, pragmática e consensual. Encorajantes são os avanços alcançados, contra ventos e marés. Duas questões maiores contudo, em meu entender, estiveram em causa, subliminarmente, nas recentes eleições para o Parlamento Europeu, a única instituição da União Europeia eleita por voto directo: a Democracia e a sobrevivência da União, ela própria. Matérias que não podem ser separadas porquanto a União não é viável sem Democracia, ainda que o contrário, Democracia sem União, o seja como já o foi no passado. Assim se compreende, portanto, que a União imponha a Democracia a todos os estados aderentes, o que explica que a Turquia seja candidata há trinta anos, sem sucesso. Havemos de concluir que os europeus podem ficar confiantes e esperançosos porque a União aparenta estar bem e recomendar-se, com a Democracia a reganhar forças para se alargar e aperfeiçoar. Por mais que o senhor Putin e outros ditadores domésticos esbracejem e gritem impropérios. Cabe aqui esclarecer, portanto, que forças é que, na verdade, atacam ou defendem a Democracia e que, por reflexo, são a favor ou contra a União. Contra, em Portugal, não são muitas, felizmente, nem se coíbem de o declarar. São as mesmas que, embora se declarem, hoje, defensoras intransigentes da Democracia, apontam para outro figurino, o delas, que, como é sabido, só produziu miséria e morte por esse mundo fora. Tiveram, mais uma vez, a devida resposta dos eleitores, bem expressa nos resultados eleitorais. São partidos que olham para o famigerado Putin com simpatia e cujos militantes continuam a ter um martelo no cérebro e uma foice no coração. E que ignoram que a União tem sido fonte de riqueza, liberdade e humanismo por mais crises e problemas que enfrente. Não obstante, o número de inimigos da Democracia ser mais alargado, à esquerda e à direita. São todos aqueles que subvertem a Justiça, que corrompem o Estado e se servem dos partidos para projectos espúrios. Certo é que a Democracia se defende a si própria quando se alimenta das mais genuínas liberdades, assenta num Estado de Direito forte e numa Justiça eficaz. Só por esta via o europeísmo triunfará.

ACT denuncia situação de 50 trabalhadores precários da Resíduos do Nordeste ao Ministério Público

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Ter, 18/06/2024 - 10:33


A Autoridade Para as Condições de Trabalho (ACT) encaminhou para o Ministério Público a situação de contratos temporários em que vivem cerca de 50 trabalhadores da Grandalvo Serviços, que presta trabalhos para a Resíduos do Nordeste, empresa intermunicipal com serviços de aterr

CAMÕES EM CRUZEIRO LITERÁRIO

No passado dia 7 de junho o nordestino Ernesto Rodrigues apresentou, na Feira do Livro de Lisboa o seu livro mais recente “Cruzeiro Literário” editado pelo açoriano Vamberto Freitas, nas insulares edições Letras Lavadas. À novela, que deu título à obra, o escritor mirandelense acrescentou cinco contos. O leitor é convidado a percorrer os bastidores da produção e investigação literária desmascarando as recorrentes e recíprocas (quando não auto) citações que enformam e sustentam alguns curricula e promovem quem, para, precisamente, para promover, se promove. Lembra a cantiga do Sérgio Godinho “famoso, por ser famoso”. Depois de passagem breve por cinema “série B” encontramo-nos sentados à mesa do freixenista Guerra Junqueiro ouvindo-o esgrimir literários argumentos com cura minhoto escandalizado com as prosas dos contemporâneos João de Deus (e não São João de Deus), e, principalmente do autor das Farpas, Ramalho Ortigão. Antes, porém, de franquear a entrada em singular Cruzeiro, já referido e que igualmente abordarei, de seguida, Ernesto transporta-nos para a quinhentista Lisboa de há cinco séculos atrás, dando-nos por companhia Camões, a celebrar o seu quingentésimo aniversário. O Poeta acaba de chegar do seu epopeico périplo pelo oriente de onde trouxe, débil saúde e longo poema épico arrumado em dez cantos e cento e oitenta e seis folhas. A Lisboa que o recebia era bem diversa da que, fervilhando de vida, de ostentação, riqueza, mordomias e atividade cultural, deixara, duas décadas atrás. A capital do reino, fustigada e dizimada pela peste, definhava, em recessão, com a moeda em desvalorizações contínuas e, dirigida por fraco rei que a forte gente enfraquecia, preparava-se para dar cumprimento aos pueris sonhos do monarca, empenhando o que tinha e não tinha para organizar a desgraçada aventura em África a caminho da perdição nas escaldantes areias de Alcácer Quibir. Doente, frágil, cansado, Luís Vaz vivia já e só, para a sua obra que, cumpridos os requisitos mínimos, começava a ser impressa nas oficinas de António Gonçalves. “Rolava a máquina deste pequeno mundo, e não sabia se tocaria outros mundos. Morresse ele à míngua, doravante desapossados dos decassílabos, ganhassem estes a fortuna dos séculos.” De Paris chegavam notícias da chacina dos luteranos que, aos milhares, atapetavam o Sena enquanto no Palácio dos Estaus o Santo Ofício reforçava o seu poder, controlando e penalizando qualquer heresia ou desvio, por bem pequeno que fosse, ao catecismo instituído e imposto. Assim no-lo relata o autor “O clero vingava, pois – e vingava-se. Há vinte anos, só os alfaiates e ourives tinham mais porta aberta do que os ministros de Deus.” Felizmente o poema obteve o necessário imprimatur, e depois de termos celebrado em 1972 (andá- vamos nós por Bragança) os quatro séculos da sua edição, preparamos os quinhentos anos do nascimento do épico poeta, sob a orientação da camoniana Rita Marnoto, com quem, com orgulho e honra, partilho um lugar nos órgãos sociais do PEN. A obra encerra com a novela policial “Cruzeiro Literário”, uma sátira ao mundo editorial de que destaco um trecho que reconhecendo caracterizar o ecossistema literário, assenta que nem uma luva aos bastidores políticos locais que tive oportunidade de conhecer num passado próximo: “Estes foram sempre uma tribo convivial, falando mal de todos, menos de quem estava ao lado (enquanto não virava costas), e isso soltava a tensão em que vivíamos, com ajuda de um cigarro e décimo copo.”

Carreira aérea Bragança – Portimão perdeu alguns passageiros com a redução de voos

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Ter, 18/06/2024 - 10:27


A carreira aérea Bragança – Vila Real – Viseu – Cascais – Portimão perdeu alguns passageiros com o que a empresa que assegura a ligação se viu obrigada a fazer: novo horário e menos voos, com dois dias sem serviço, outros sem escala em Vila Real e outros só com ligação Bragança-Cascais.

Ministério Público acusa Nélida Guerreiro e Sidney Martins da morte da família de Donai

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Ter, 18/06/2024 - 10:25


Segundo o Jornal de Notícias, Nélida Guerreiro e Sidney Martins, detidos em Agosto de 2022, em Zamora, foram acusados de dois crimes de homicídio qualificado, dois crimes de profanação de cadáver na forma tentada, um crime de incêndio e um crime de furto qualificado na forma te

União Europeia: um bicho de sete cabeças

Volto ao tema “União” a propósito das recentes eleições para o Parlamento Europeu, cujos resultados apontam para a manutenção do já tradicional equilíbrio de forças parlamentares, confirmada que está a predominância do Partido Popular, que reforçou o número de mandatos de 176 para 186, incluindo os 7 eurodeputados eleitos pela AD, secundado pela Aliança dos Socialistas, que perdeu cinco mandatos, mas conserva 139, considerando os 8 eurodeputados eleitos pelo PS português. De salientar que estas duas maiores famílias políticas, que estiveram na origem da União, continuarão a ser as suas traves mestras, sem esquecer outras igualmente relevantes que reafirmam o seu europeísmo, como é o caso dos Liberais e dos Conservadores. Facto particularmente relevante se tivermos em conta a profunda crise político-militar desencadeada pela mão de Vladimir Putin, porque tudo leva a crer que a política da União de apoio à Ucrânia se irá manter e mesmo reforçar, designadamente com a sua integração na Comunidade. Ainda que a ascensão generalizada de partidos ditos de extrema direita, com realce para a vitória de Marine Le Pen, em França, esteja a causar forte “frisson” no que ao futuro da União diz respeito e também quanto ao desenrolar da guerra a leste. Certo é que os tão falados, quanto sinistros, pactos de partidos europeus de estrema direita com o Kremlin, terão passado à História ou deixado de ser relevantes no actual contexto, o mesmo se não dizendo da absurda subserviência comunista ao ditador moscovita. Não serão estas, portanto, as bombas atómicas com que Putin ameaça destruir a Europa. Tenha-se em conta, todavia, que as ideologias de direita ou de esquerda, não passam, hoje em dia, de litanias difusas, volúveis e moldáveis à realidade de cada país e à dramática conjuntura internacional. Com excepção da lendária coerência programática do PCP, claro está. Não será de admirar, por isso, repito, que o apoio político e militar da União Europeia à Ucrânia venha a ser reforçado, também por via de Estados-membros em que a estrema direita é poder. Certo é que a União Europeia continua a ser um bicho de sete cabeças, considerando os desafios que enfrenta e a complexidade das instituições que a compõem. Sete (7) são os seus órgãos supranacionais, que convém aqui lembrar: o Parlamento, o Conselho Europeu, a Comissão, o Conselho da União, o Banco Central, o Tribunal de Justiça e o Tribunal de Contas. Sete (7) são as famílias políticas com assento no Parlamento Europeu que emanam dos actuais vinte e sete (27) Estados-Membros. Vinte e quatro (24) são as línguas oficiais. Notável é a consagrada linha de rumo europeísta, pragmática e consensual. Encorajantes são os avanços alcançados, contra ventos e marés. Duas questões maiores contudo, em meu entender, estiveram em causa, subliminarmente, nas recentes eleições para o Parlamento Europeu, a única instituição da União Europeia eleita por voto directo: a Democracia e a sobrevivência da União, ela própria. Matérias que não podem ser separadas porquanto a União não é viável sem Democracia, ainda que o contrário, Democracia sem União, o seja como já o foi no passado. Assim se compreende, portanto, que a União imponha a Democracia a todos os estados aderentes, o que explica que a Turquia seja candidata há trinta anos, sem sucesso. Havemos de concluir que os europeus podem ficar confiantes e esperançosos porque a União aparenta estar bem e recomendar-se, com a Democracia a reganhar forças para se alargar e aperfeiçoar. Por mais que o senhor Putin e outros ditadores domésticos esbracejem e gritem impropérios. Cabe aqui esclarecer, portanto, que forças é que, na verdade, atacam ou defendem a Democracia e que, por reflexo, são a favor ou contra a União. Contra, em Portugal, não são muitas, felizmente, nem se coíbem de o declarar. São as mesmas que, embora se declarem, hoje, defensoras intransigentes da Democracia, apontam para outro figurino, o delas, que, como é sabido, só produziu miséria e morte por esse mundo fora. Tiveram, mais uma vez, a devida resposta dos eleitores, bem expressa nos resultados eleitorais. São partidos que olham para o famigerado Putin com simpatia e cujos militantes continuam a ter um martelo no cérebro e uma foice no coração. E que ignoram que a União tem sido fonte de riqueza, liberdade e humanismo por mais crises e problemas que enfrente. Não obstante, o número de inimigos da Democra- cia ser mais alargado, à esquerda e à direita. São todos aqueles que subvertem a Justiça, que corrompem o Estado e se servem dos partidos para projectos espúrios. Certo é que a Democracia se defende a si própria quando se alimenta das mais genuínas liberdades, assenta num Estado de Direito forte e numa Justiça eficaz. Só por esta via o europeísmo triunfará.