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TRAIÇÃO

Questionado o Cha- tGPT sobre o conceito de Traição, em política, este instrumento de Inteligência Artificial devolveu o seguinte texto: “A traição em política é a ação de um indivíduo ou grupo que rompe com compromissos, alianças ou princípios previamente estabelecidos, geralmente em busca de vantagens pessoais, poder ou influência. Isso envolve a violação da confiança depositada por aliados, eleitores ou instituições. No contexto político, a traição pode manifestar-se de diversas formas, como a quebra de acordos partidários, a mudança repentina de alianças, a sabotagem de lideranças ou movimentos, ou o desrespeito às promessas feitas ao público A traição política tende a ser especialmente impactante, pois afeta não apenas as relações entre os envolvidos, mas também a estabilidade das instituições e a percepção pública de integridade e confiança nas figuras de poder.” É assinalável que esta definição aborde não só o rompimento de compromissos e alianças, mas, igualmente, a perda de confiança depositada por eleitores. Assinalável porque, sabendo a forma de funcionamento do ChatGPT, tal indica uma perceção generalizada embora a comunicação social e as famosas e omnipresentes redes sociais deem especial destaque aos episódios e ocorrências entre correligionários. Foi o caso recente na autarquia de Bragança que uma opção diferente sobre o apoio a conceder a uma lista concorrente à liderança do PSD concelhio despertou no autarca brigantino um desabafo rotulando de pérfida deslealdade uma opção diferente da sua, das vereadoras que o acompanham no governo do município. Opiniões diferentes e opções diversas, mesmo opostas, fazem o dia a dia do exercício normal do poder democrático. Quando originárias em adversários e opositores políticos são consideradas absolutamente normais. Estranha-se quando acontece o contrário, com exceção de alguns temas que, por natureza ou conveniência, facilmente são consensuais. Mas, igualmente, quando no seio da mesma cor política, divergências de pensamento e ideário são saudáveis e deveriam servir para enriquecer e melhorar o exercício do poder de que se está imbuído. A menos que… A imprensa regional raramente releva as falhas e divergências gritantes entre as promessas eleitorais e as atuações subsequentes e, quando as assinala, raramente as batiza de traições, apesar de haver, como diz o algoritmo de AI, referido, uma violação das expetativas criadas nos munícipes, ao dar, de forma unânime tal qualificação ao episódio das eleições inter- nas do partido do poder, sinalizaram a existência de algo mais, para além de uma mera discordância entre companheiros. A reação inédita do PS, vindo a terreiro questionar o incidente no seio do outro partido veio adensar ainda mais as suspeições da existência de algo mais, para além disso. Porque, vendo bem, a cisão na orientação do poder municipal ser-lhe-á benéfica, do seu ponto de vista pois havendo divisão no campo oposto e sendo a Câmara um órgão colegial, pode, a partir de agora, escolher qual dos lados, no seu entender, cumpre melhor o interesse público concelhio devendo, em vez de criticar e alertar para a gravidade da situação, agradecer e aceitar o papel de fiel da balança que lhe acaba de ser estendido em bandeja de prata em vésperas da preparação do próximo preito eleitoral. A menos que… A menos que, tal como alerta o ChatGPT, tais atitudes escondam “vantagens pessoais, poder ou influência”, e nada mais!

Presidente independente e patriota, precisa-se!

A cumprir-se o calendário eleitoral como está previsto haverá eleições autárquicas já em Setembro do próximo ano. Continua em aberto, também, a possibilidade de haver eleições legislativas antecipadas, logo nos primeiros meses de 2025, muito antes das autárquicas de Setembro, portanto, decorrentes da eventual rejeição do Orçamento do Estado para 2025. Ainda que nos últimos dias os políticos mais influentes, designadamente o presidente da república Marcelo de Sousa, o primeiro-ministro Luís Montenegro e o secretario geral do Partido Socialista, Nuno Santos se tenham mostrado empenhados em que o referido Orçamento do Estado seja viabilizado, evitando-se uma crise política que teria, seguramente, consequências gravosas em todos os domínios. Aparentemente, o Chega de André Ventura que é, como se sabe, a terceira força parlamentar, é uma carta fora do baralho, nesta matéria, muito embora sempre se deva ter em conta que a coluna vertebral dos políticos é suficientemente flexível para lhes permitir dar vistosos golpes de rins. Tudo leva a crer, portanto, que o duelo se irá travar entre o PS de Pedro Santos e o PSD de Luís Montenegro. Não deixa de ser surpreendente, todavia, que todos os chefes partidários, com realce para os atrás citados Luís Montenegro e Pedro Santos, andem já numa roda viva a selecionar os seus melhores candidatos ao lugar que Marcelo de Sousa vai deixar vago, dado que, como se sabe, já está no segundo dos dois mandatos consecutivos que a lei permite. Tudo isto poderá indiciar, ainda assim, que o Orçamento será viabilizado pelo PS e Governo irá continuar em funções. O que não será de espantar, dado que a diferenças ideológicas entre PS e PSD deixaram de existir desde que os socialistas remeteram o socialismo lá para os confins de Cuba e da Venezuela e o PSD passou a bailar entre esquerda e direita como quem dança o fandango. Também porque, manda verdade que se diga, PSD e PS sempre se entenderam muito bem nas grandes negociatas e na repartição de tachos e mordomias. A questão que se coloca é o problema central do Regime. É a velha e relha hegemonia partidária, que traz no ventre a serpente do totalitarismo. É a sinistra máxima política que preconiza a asfixia do poder democrático pela subordinação do Presidente da República e do Governo ao partido. Sem esquecer o Procurador Geral da República. Nesta matéria Pedro Santos e Luís Montenegro ou qualquer outro cacique partidário da praça lusitana, deno tam ter o mesmo tique, que é um sonho recalcado, que não difere muito da doutrina que anima Putin, Maduro e todos os ditadores do mundo que, vá-se lá saber porquê, sentem necessidade e não se coíbem de dourar o seu carácter totalitário com falsos actos eleitorais. Pedro Santos e Luís Montenegro querem, sim, que ninguém duvide, ter tudo na mão: o Presidente da República, a Assembleia da República, o Governo, os Municípios, o Procurador-Geral da República, a Comunicação Social e por aí fora. Isso explica o seu total desinteresse por reformas, designadamente aquelas que desde há muito tempo se vêm tornando essenciais para o aprofundamento da democracia, a começar pela antidemocrática lei eleitoral em vigor. Como é óbvio, no centro desta e de todas as malfeitorias do Regime está a figura incontornável do Presidente da República que, muito embora se diga limitado constitucionalmente, sempre pode e deve ter atitudes mais proactivas e moralizadoras. Sobretudo quando em causa estão esteios fundamentais do Estado, com se viu, recentemente, com a fuga vergonhosa de presos de Vale de Judeus. Mais grave e preocupante, contudo, foi saber que este deplorável estado de arte é comum a todo o sistema de segurança nacional e não só. Convém lembrar, a este propósito, o caso do assalto aos Paióis Nacionais de Tancos, ocorrido em 27 de junho de 2017, em que foram furtados diversos artigos de material de guerra do Exército Português. O que nos leva a deduzir que a mãe de todas as falhas é de natureza política e gover- nativa, que não é de agora e já vem de longe, sempre evidenciando a ausência institucional e a pratica tendenciosa do Presidente da República. Lamentavelmente, Portugal tem sido governado ao sabor dos ventos, sem planeamento a médio e longo prazo, sem estratégia, obedecendo a interesses pessoais e partidários e ao calendário eleitoral. O que também explica que vários trânsfugas do mais alto coturno político tenham abandonado o país em si- tuações de crise, de que eles mesmo eram os principais fautores, e fugido para ambientes em que a sua incom- petência melhor se dilui. É por tudo isto que será urgente e desejável que ao eleitorado seja dada a possi- bilidade de eleger um Presi- dente da República apartidário, honrado e patriota e que não transforme a Presidência num arraial popular.

Vítor Hugo (CD Miranda): “Apesar do favoritismo da Academia Johnson Januário, nesta casa nunca nos rendemos”

Qua, 11/09/2024 - 12:35


O Pavilhão Municipal de Vila Flor acolhe, no próximo sábado, a Taça Transmontana de Futsal que coloca frente a frente o Clube Desportivo de Miranda do Douro, campeão distrital de Bragança, e a Academia Johnson Januário, equipa campeã da distrital de Vila Real.

Doença Hemorrágica Epizoótica regressa à região e deixa criadores alarmados por nem sequer terem sido ressarcidos pelos animais mortos no ano passado

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Ter, 10/09/2024 - 10:52


A doença hemorrágica epizoótica regressou ao Nordeste Transmontano e está, de novo, a deixar os criadores da região num ataque de nervos.

Pedro Nuno Santos veio recordar transmontanos que medidas importantes para o Interior são tomadas pelo PS

Ter, 10/09/2024 - 10:43


O Secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, esteve de passagem, no sábado, pela região, onde reforçou que “o país foi deixando o Interior sempre para trás” e assumindo que os momentos de “investimentos estruturantes” no distrito foram feitos pelos socialistas.

FORFALHAS YE PAN

Migalhas é pão! É um ditado antigo e frequentemente ouvido em todo o nordeste, em todas as suas declinações seja em rionorês, guadramilês, mirandês ou português. Independentemente da expressão escolhida, adequa-se na perfeição à Língua Mirandesa o que justifica o título. Milenar, (anterior à própria nacionalidade) foi um elo permanente de ligação, um refúgio seguro por vezes quase secreto, uma casa comum acolhedora para a gente das Terras de Miranda a quem proibiam de se expressar na sua língua materna na sede do concelho (por ordem de D. João III impondo tão draconiana medida à laia de tributo para a constituição do Bispado de Miranda), na escola e até na igreja, alegando a impossibilidade de ser atendido por Deus quando as preces fossem expressadas em língua alegadamente diabólica o que, para além de ser ofensivo para os falantes (fossem eles os mirandeses, os leoneses ou os asturianos onde esta forma de falar teve o seu berço) seria, igualmente, uma blasfémia pelo apoucamento aos inatacáveis e inquestionáveis poderes divinos. O Estado Novo inaugurou um segundo e severo período repressivo proibindo a livre expressão nas escolas e instituindo a aplicação de castigos físicos às crianças que trocassem o português fidalgo pela linguagem bebida no peito materno e alimentada no recato do lar, praticada nas brincadeiras e sustentada no trabalho e demais afazeres diários. O isolamento das gentes do Planalto foi o resguardo para a manutenção da genuína e natural forma de expressão que se conservou e manteve suportada apenas na oralidade. Como tal teve, logicamente, alguma “contaminação” e, igualmente “contaminou” as regiões vizinhas. Mas sobreviveu sem comprometer a sua identidade singular. A aprovação como a segunda língua oficial na Assembleia da República (Lei 7/99 de 29 de janeiro) deu-lhe o suporte legal para se poder afirmar a todos os níveis, e a aplicação da Convenção Ortográfica da Língua Mirandesa, permitiu a recolha e uniformização (mesmo que com variantes) desta forma única de falar e exprimir. Das migalhas, se fez pão! O pão, para que forneça o devido sustento tem de ser feito recorrentemente e de forma continuada ou, facilmente se consome e de novo serão “apenas” migalhas. Desse pão inicial e fundador, sobram-nos (a todos nós, portugueses e não só aos de Miranda nem, tão pouco aos nordestinos, apenas) hoje, migalhas das quais urge, de novo, juntar, unir, levedar e cozer para que do forno não cesse de sair fornada suficiente. É preciso ratificar a Carta Europeia das Línguas Minoritárias (já aprovada pelo Governo); instalar o Instituto da Língua Mirandesa (criado e dotado de orçamento des- de 2023, mas nunca implementado); promover a edição de gramáticas, dicionários e manuais escolares; promover instituir um prémio literário para incentivar os muitos autores e falantes de mirandês a deixarem, em letra de forma, os conhecimentos próprios, as recolhas feitas (urge preservá-las sob risco de se perderem para sempre) e darem largas à poesia, ao romance, à tradução e ao ensaio de forma a perpetuar o saber de um povo que teimosamente o guardou e que não merece vê-lo desaparecer. Juntem-se as migalhas ao fermento e… coza o forno.

Eles é que não merecem o povo que têm!

Aqueda, desastrosa, de um helicóptero de combate a incêndios nas águas do mítico rio Douro vitimou, como se sabe, cinco valorosos militares da GNR, para lá do piloto da aeronave que se encontra hospitalizado, ferido com gravidade. Tudo aconteceu, tenha-se em consideração, no âmbito de uma das muitas missões que, por norma, aqueles desventurados portugueses, cumpriam abnegadamente. Não é de admirar, portanto, que Portugal inteiro se curve perante o heroísmo fatídico destes seus cinco diletos filhos que acabaram por morrer ingloriamente. Igual apreço merecem, todavia, os milhares de anónimos cidadãos que diariamente enfrentam os maiores riscos a salvar vidas e a defender bens, nos intermináveis combates de socorro e de protecção civil. Trata-se de verdadeiros heróis da pátria, ainda que de tempo de paz, pelo que, como tal, devem ser glorificados. São, para lá de tudo, lídimos representantes do autêntico e cosmopolita povo português. Justo será, portanto, que as famílias enlutadas sejam objecto dos mais sentidos gestos de pesar e solidariedade, especialmente dirigidos e com maior afecto, às esposas e filhos das vítimas. E, sobretudo, que os governantes com obrigação legal para tanto, não retardem ou iludam com as habituais delongas, evasivas e burocracias, a reparação dos danos e indeminizações a que os ofendidos têm direito. É que, lamentavelmente, os portugueses já se habituaram às lágrimas de crocodilo dos machuchos políticos no calor das tragédias e ao posterior esquecimento logo que a relevância mediática se atenua. Pratica política que, manda a mais elementar justiça que se diga, se trata de um deplorável contraponto à tradicional disponibilidade, generosidade e cordialidade com que os portugueses enfrentam todas a situações, boas e más, em que são colocados pelos maus governos. Machuchos que, mais uma vez, dão mostras de não estarem à altura da situação difícil que Portugal atravessa e de não ser o sagrado interesse nacional que os move. Outros interesses se levantam, para eles muito mais altos, claro está. São interesses partidários, pessoais e mesmo familiares, o que explica que Portugal continue a ser um país adiado e os portugueses um povo genericamente frustrado. Muitos exemplos disso mesmo, grandes e pequenos, são do domínio público e porque envolvem verdadeiros gangues e clãs, mais justamente deveriam ser tratados como verdadeiros crimes de traição à pátria. Vem a talhe de foice o caso TAP, agora de novo na ribalta noticiosa, muito embora se arraste há já largos anos. Caso que desde a primeira hora, melhor do que nenhum outro, espelha a incompetência, a desonestidade e o oportunismo de governantes videirinhos e não só. Machuchos políticos que, mascarados de ocos preconceitos de esquerda e de direita, persistem em transformar a democracia num ludíbrio, num embuste, numa vendeta, com o único intuito de alcançarem os seus fins obscuros. Que fique bem claro, todavia, que o problema não está no sistema democrático, liberal e representativo, mas no regime político vigente dominado pela sinistra hegemonia partidária, que maltrata a justiça, vicia a separação de poderes e deturpa os actos eleitorais. Regime que, em última análise, gera os abstru- sos políticos que, por má intenção ou incompetência, procrastinam as indispensáveis reformas, preferindo divertir-se a surfar no pântano democrático, com o cínico fair-play e o proveito que lhes é reconhecido. Não menos elucidativa é, e maior dramatismo poderá vir a tomar, a discussão do Orçamento de Estado de 2025, em que publicamente têm sido aduzidas por tais ocas personalidades, opiniões indecorosas, contraditórias e disparatadas, que comprometem o futuro do Portugal e são indignas de uma democracia adulta e respeitada. Mas será que os portugueses têm os políticos que merecem, como muitas vezes se ouve dizer a cidadãos descrentes e cansados? Eu diria que não, que são os políticos que o Regime impõe que não merecem o povo honrado, pacífico e cordato que têm.