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Fogo, fome, anticristianismo e antissemitismo

O desassossego maior dos portugueses nas últimas semanas centrou-se no flagelo dos incêndios florestais, a que os órgãos de comunicação deram o justo realce e ainda bem, por razões noticiosas, mas igualmente como positivo contributo para a prevenção de instantes novas emergências. Desassossego que só deixará de o ser completamente, dentro de mais duas ou três semanas, assim se espera, com o aparecimento das primeiras chuvas de Outono.

O mais provável, porém, é que, por obra e desgraça dos governantes que temos, seja qual for o governo que se segue, dos muitos incendiários que continuarão a monte e se o combate aos incêndios continuar a ser o negócio chorudo que se diz que é, tudo volte à estaca zero, já no próximo Verão, se estacas ainda houver para queimar.

Outros flagelos maiores, ainda assim, afetam outras nações, como sejam guerras e fomes que a grande maioria dos órgãos de comunicação internacionais ignoram ou noticiam de forma capciosa, com o propósito de gerar, na opinião pública, juízos tendenciosos. Com realce para as fomes causadas por conflitos armados ou por políticas erradas, que martirizam milhões de humanos em vastas regiões africanas e asiáticas, sobretudo, mas que o Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, o austríaco Volker Türk, braço direito do secretário-geral da ONU, o português António Guterres, amarrados que estarão a interesses inconfessos, não atacam como lhes compete. Como se fome, se é que de verdadeira fome se trata, só existisse em Gaza e tão só por obra e maldade do governo judeu, note-se bem.

Discriminação condenável que mais desprestigia a já de si desacreditada ONU, que se traduz na bênção e absolvição do Hamas, organização terrorista como tal reconhecida por autorizadas instituições internacionais e que, entrincheirada em labirintos cavados sob densos aglomerados populacionais, obstinadamente se serve de inocentes cidadãos para os seus sinistros desígnios.

Condena-se, em absoluto, a trágica condição dos inocentes habitantes de Gaza, sujeitos a perigos e carências de toda a ordem, sobretudo à destruição e morte que advêm das operações militares israelitas, apesar dos evidentes esforços deste exército para evitar mortes civis, cuja maior responsabilidade recai na desapiedada organização terrorista que os utiliza como escudos contra tiros e bombas, para lá de os usar como deploráveis cartazes de propaganda.

Organização terrorista que, na sequência da sua tenebrosa ação de 7 de Outubro de 2023, que matou 1200 inocentes, convém lembrar, persiste em manter dezenas de reféns no mais ignominioso cativeiro.

De Gaza, chegam imagens elucidativas que mostram centenas de camiões carregados de víveres a serem assaltados por populares ávidos de alimentos, é certo, mas que demonstram ter forças para tanto, para lá dos desviados por homens armados para seu próprio sustento. Imagens que contratam, em absoluto, com tantas outras de outras partes do mundo, bem mais dramáticas, mas não tão badaladas, em que se veem mães famintas com os filhos esqueléticos nos braços, que já nem forças evidenciam para segurar a malga de comida, que raras mãos caridosas lhe estendem.

Situações a que António Guterres, Volker Türk e a tendenciosa comunicação social, convém repetir, não dão o devido destaque ou mesmo ignoram, quando mais justo e construtivo seria que lhes prestassem a necessária atenção para que daí resultassem consequências positivas.

Tendo em consideração, desde logo, o Índice Global da Fome, escrupulosamente organizado pelo credenciado International Food Policy Research Institute (IFPRI), que, na sua edição do ano de 2021, coloca países como a Somália, o Sudão do Sul, a Síria e o Iémen em alarmante situação de fome. Países em que campeiam ideologias afins a grupos políticos e paramilitares islâmicos como o Hamas, a Jihad Islâmica e o Hezbollah que, para lá do mais, se batem pela aniquilação da secular nação israelita, livre e democrática, que nos dias de hoje continua a dar valiosos contributos para a ciência e a cultura universais.

Ideologias tenebrosas que pretendem amarrar a Humanidade a tempos medievais e inspiram estados agressivos que constituem uma emergente ameaça à Europa e à civilização ocidental, cujos principais líderes contemporizam, pusilanimemente, com este perigo eminente, para lá de permitirem que o mais sinistro antissemitismo, que tão cruelmente tem ilustrado a História Universal, renasça nos países que governam.

Grupos políticos e paramilitares islâmicos que, em consonância, promovem o mais bárbaro anticristianismo, com assassinatos e devastações generalizadas, como as que impunemente conduzem em Cabo Delgado, no norte de Moçambique, em que a vítima principal é o povo maconde, católico, cuja mítica missão de Nangololo, foi barbaramente arrasada.

Está tudo ligado. Este texto não se conforma com o novo Acordo Ortográfico.

Novos Rumos, o Mesmo Compromisso

Ter, 26/08/2025 - 12:26



A recente aquisição do Jornal Nordeste e da Rádio Brigantia marca um momento histórico no panorama da comunicação social da região transmontana. Mais do que uma simples transação comercial, trata-se de uma aposta estratégica no fortalecimento da informação regional de qualidade, no compromisso com a pluralidade de vozes e na modernização dos meios que dão forma à identidade coletiva do Nordeste Transmontano.

Chamas levaram o sustento de gerações e deixaram a agricultura em Trás-os-Montes de luto

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Ter, 26/08/2025 - 12:24


O fogo chegou a Trás-os-Montes e destruiu, em poucas horas, centenas de hectares de culturas. Assistindo impotentes ao avançar das chamas, muitos agricultores da região perderam parte daquilo que construíram ao longo de muitos anos.

Burocracias

Ao eleger a burocracia como um dos alvos a abater, na tomada de posse, Luís Montenegro acertou na muche. O exagero burocrático do nosso país, quer ao nível central, onde o Governo pode atuar diretamente e espera-se que o faça de forma efetiva e significativa, através do recente Ministério da Reforma do Estado, quer sobretudo ao nível das autarquias, onde a complexidade do procedimento administrativo é, não só um calvário para todos os cidadãos, mas, igualmente, um alfobre para a corrupção mormente a mais pequena (a corrupçãozinha, tão perniciosa como insidiosa, tão portuguesinha e que tanto mina a confiança nas instituições).

A do jeitinho, do “passa à frente”, da cunha, da influência e do fechar de olhos:

“Desta vez passa, mas só por ser para si. Porém saiba que isto não pode ser como cada um quer, porque há regras que se aplicam a todos. Também a si e a mim. Ao ajudá-lo, corro um risco sério de, no futuro, vir a ser prejudicado. Mesmo que não pareça, é um risco grande porque isto não se pode fazer… Dê cá o papel que depois eu digo-lhe quando o pode vir levantar… despachado e assinado!”

Não há qualquer dúvida de que este seria um excelente tema de campanha. Porém, quem detém o poder não quer desfazer-se da regalia de controlar o labirinto administrativo, e quem aspira ao cetro de comando da máquina pública, dá-lhe jeito a sua existência para, uma vez eleito, poder usá-la como benefício e privilégio de muitos daqueles que agora precisa para ser bem-sucedido no preito eleitoral.

Resta quem, genuinamente, se disponha a colocar o serviço público à frente das suas próprias aspirações e interesses o que, convenhamos, são raros. E mais raros ainda os que se disponham a fazê-lo!

Quando me candidatei a uma Câmara do nosso distrito, tendo aterrado de supetão na campanha, já em andamento, para recuperar parte do tempo perdido e me auto introduzir aos temas com que teria de lidar diariamente, dediquei horas e horas a ler as cópias das atas das reuniões camarárias que estavam guardadas num caixote na sede do meu partido.

Curiosamente, para além dos temas que me incentivaram à sua análise, descobri nelas um personagem que encaixava perfeitamente no que acabei de descrever, pelo pragmatismo e desprendimento pessoal sobre os principais assuntos em apreço.

Tive oportunidade de o conhecer, depois, pessoalmente e confirmar a opinião que então fizera e, mais tarde, a solidificar quando lhe foi dada a oportunidade de tomar posse como Governador Civil: José Manuel Ruano – o homem que corporizou em si todo o CDS, enquanto este teve alguma relevância concelhia (depois diluiu-se e foi-se descaracterizando, deixando-se colonizar por outras entidades), contribuindo, ao mesmo tempo, para a solidificação da sua estrutura distrital.

Não duvido que este era o homem que hoje poderia candidatar-se contra o sistema, com o verdadeiro intuito de desmascarar todos os abusos, atropelos e caciquismos e, em simultâneo, fazer uso do seu conhecido pragmatismo contra a burocracia.

Nessa impossibilidade, cabe aos herdeiros honrar-lhe o nome e o legado.
Venham eles e que lhe seja reconhecida e creditada a devida herança!