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Cadeia de Informação Regional avança com boicote a ações de campanha das legislativas

Ter, 20/02/2024 - 09:56


A Cadeia de Informação Regional (CIR), que emite dois jornais regionais diários, em simultâneo, há 27 anos, em seis estações de rádio de Bragança e de Vila Real, acaba de avançar com um boicote à cobertura de todas as ações de campanha, no âmbito das eleições legislativas, que

Brigantina Ana Fernandes sagrou-se bicampeã do Torneio Inter-Regiões da Federação de Patinagem de Portugal

Sáb, 17/02/2024 - 13:50


A hoquista, natural de Bragança, conquistou pela segunda vez consecutiva o Torneio Inter-Regiões da Federação Portuguesa de Patinagem, que vai na quarta edição, este ano em honra aos 100 anos da Federação Portuguesa de Patinagem.

Minuto e Meio

A dor de cabeça actual para a grande parte dos políticos da velha cartilha, que assolou a gestão pública nas últimas décadas, é que hoje é cada vez mais difícil enganar os cidadãos com o ardil argumentativo de sempre. Está muito difícil para estes agentes de publicidade enganosa. Na verdade, as técnicas dessa velha cartilha utilizadas para convencer as pessoas, foram-se desmoronando, cada vez mais, grandemente com a ajuda das redes sociais e de vários e novos intervenientes políticos. Todos esses velhos políticos estão agora em rápido declínio, por raramente terem falado verdade, por mentiras descaradas, por viverem em mundos paralelos, em constantes intrigas internas de comadres, por ausência de verdadeira inteligência, por serem inócuos em ideias e ainda mais vazios a executar algo que fosse realmente bom para as pessoas. Falta de rumo, muito egocentrismo e oportunismo raso. Fazem parte do clube dos chamados “grandes partidos” (mais uma mentira) que agora, em congressos políticos têm o hábito de desfolhar o velho álbum de família e apreciar a herança com saudosismo. Não passam disso. Não passarão. No fundo, esses espécimes políticos (alguns…, muitos, com licenciaturas de plástico…), na sua maioria sem um curriculum ou a experiência de uma vida profissional minimamente relevante, aguardaram e julgaram que o mero decurso do tempo e dos ciclos políticos sempre traria uma rotatividade dualista no poder. Como se não fosse necessário trabalhar. “Coitados”. “Coitados” pela impo- tência de já não conseguirem lidar com a realidade, pois agora têm nas mãos os megaproblemas insuflados com décadas de incompetência e desdém: Dívida pública de 100% do PIB, Despovoamento e Demografia caduca, Segurança Social com rastilho curto, Habitação em falta sufocante, Justiça lenta e ineficaz, Autoridade do Estado falida, Infraestruturas e despesismo desnecessário, Agricultura e Território desprezados, Saúde em decadência, Cultura e Educação com agenda ideológica, e tudo o mais que vemos em todo o lado, todos os dias há muito muito tempo. Chegados aqui, cai o pano. E esses políticos - géneros do passado (seja em idade, estilo, técnica, discurso ou postura) – tornaram-se vítimas da sua própria condição e ignomínia. Dificilmente conseguirão sobreviver às dificuldades dos novos tempos políticos e das reais surpresas que aí vêm. Mas só se podem queixar deles próprios e não dos eleitores. Agora, todos os novos actores do palanque político, mesmo que não venham a ser muito diferentes dos antigos, pelo menos são outros. E só isso já é uma grande novidade. Não deixa de ser cómico e trágico que este clímax de opróbrio político seja atingido precisamente na linha do meio século do 25 de Abril e da advinda democracia que tem neste irónico cenário um luminoso festejo. Mas nem tudo é mau, pois resta-nos ainda uma fortuna nacional que não advém de petróleo, gás ou recursos minerais valiosos (que não temos) e muito menos desses políticos expirados: o facto de Portugal ser um país sereno, intrinsecamente apto para o Turismo, com potencial agrícola, culturalmente atrativo e com relativa se- gurança e paz face ao contexto de guerra e conflito que se vive no mundo. Como diz um amigo meu alemão que vive cá: “a sorte de Portugal é não ter nada estratégico”.

Telmo Cadavez

TIRO-LHE O MEU CHAPÉU

Não conheço pessoalmente o Presidente da União de Freguesias de Felgar e Souto da Velha, Vítor Manuel Amaro Vieira, mas tiro-lhe o meu chapéu. A questão da propriedade e da legitimidade de exploração da água naquelas duas freguesias de Torre de Moncorvo é antiga e complicada. A sua resolução, podendo ser simples, não é pacífica exigindo coragem, determinação e competência, não à Junta e ao seu Executivo mas à Câmara Municipal. Os dirigentes políticos são eleitos precisamente para decidirem adequadamente em todas as circunstâncias nomeadamente nas mais difíceis porque nas outras é fácil dirigir! Numa reportagem recente, o autarca foi interpelado por uma jornalista, de forma demasiado insistente e acusadora, para o meu gosto, mas legítima na medida em que pretendia confrontar os decisores locais com notícias vindas a público sobre situações graves e do maior interesse para a população servida pela rede de distribuição de água ao domicílio. Vítor Vieira podia ter-se recusado a falar com a repórter ou informá-la que só conversaria com ela se desligasse o gravador de vídeo. Porém, entendeu, e bem, que sendo essa uma prerrogativa sua, não a deveria invocar porque em causa não estava só uma questão pessoal mas um assunto de interesse geral cujo esclarecimento total é uma obrigação de quem dirige os destinos comuns para com todos os que são afetados pela sua atuação enquanto seu representante eleito. Podia ter empurrado um outro membro da Junta, escondendo-se atrás dele não deixando de vir depois acusar quem pretende esmiuçar “demasiado” o assunto de estar ao serviço de forças ocultas para os denegrir a ambos, solidarizando-se com o “atingido”. Podia ter-se furtado ao enfrentamento alegando serem bem conhecidas as forças que estavam a financiar a “caluniosa” investigação e, inclusive, nem sequer se sentir na obrigação de nomear tais agentes por, precisamen- te, serem identificáveis por todos. Podia ter-se acobarda- do e a cada pergunta da repórter responder com banalidades, sofismas e lugares mais do que comuns, passíveis de terem, posteriormente, as inter- pretações que mais conviessem e vir, depois, acusar a jornalista de ter sido paga para fazer aquela reportagem (não é isso que acontece, normalmente? Não é normal os trabalhadores, sejam de que área forem, serem pagos para executarem a sua função?) alegando ser, só por isso, ilegítima e afrontosa. Podia até aproveitar o percalço para elaborar e difundir um manifesto eleitoral com objetivo de promover a sua candida- tura a um outro qualquer lugar. Mas, não só Vítor Vieira não é, que se saiba, candi- dato a mais nada, não está desesperado em deixar o lugar para o qual ganhou a confiança dos seus conterrâneos, mas também não acusa de cobardia, quem dá a cara, escondendo-se ele, nem foge a assumir a responsabilidade pelos seus atos nem impede com demagógicas declarações o seu necessário e justificado escrutínio. Não concordo, obviamente, com a inadequada e deficiente solução encontrada e colocada em prática pela Junta, com o beneplácito, inadequado e inadmissível da Câmara mas isso não me impede de reconhecer a verticalidade, coragem, frontalidade e transparência com que Vítor Manuel Amara Vieira enfrentou o assun- to, assumiu a sua atuação e prestou todos os escla- recimentos que lhe fo- ram pedidos sobre tudo quanto fizera e omitira. Por isso, por essa atitude, repito, tiro-lhe o meu cha- péu!