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A linha que divide o poder

Há quem apelide o poder como um mal necessário. Porém, outros classificam-no como a necessidade de exercer o bem e o mal, dependendo de quem o exerce. A verdade é que sem poder ninguém consegue governar. Resta saber como se utiliza esse poder.

O Mundo vive hoje momentos demasiado controversos e perigosos e é, substancialmente, governado por quem vai exercendo o poder a seu modo, sem se importar muito com o que os outros possam pensar a esse respeito. Os conflitos a que todos nós assistimos diariamente pelas televisões, consubstanciados em opiniões de pessoas supostamente dentro dos problemas, informam-nos cabalmente do que se passa e, ao mesmo tempo, do que possam pensar os governantes que lideram tanto os conflitos como as possibilidades de os resolver.

No entanto, esses governantes, supostamente sábios e poderosos, brincam aos jogos de poder, impondo linhas vermelhas a quem estiver contra os seus interesses ou quiser ultrapassá-los.

A guerra da Ucrânia, o conflito do Médio Oriente, as invasões da Síria, do Líbano e os ataques ao Irão levam estes acontecimentos para um patamar impensável. As consequências colaterais são enormes para todos os países e aqui não existem linhas vermelhas. O poder passa por cima sem se importar com elas.

A invasão da Ucrânia pela Federação Russa é a demonstração do poder de Putin. Ele próprio impõe limites aos países que podem ajudar a Ucrânia a defender-se desta guerra aberrante e cheia de contradições. A Ucrânia nada fez para merecer ser invadida, mas a sede de poder e de controlo levou-o a tentar algo que, por acaso, lhe saiu muito mal. A Ucrânia estava bem preparada militarmente e tem sabido defender-se, embora com a ajuda de outras potências.

Agora, muito mais debilitada, a Rússia de Putin promete paz, quer negociação, mas bombardeia no mesmo dia que promete negociar. O poder sobrepõe-se e não se subjuga a uma ideia de paz.

E mesmo os supostos compromissos com Trump não são cumpridos. O Presidente dos EUA está farto de promessas. O “amigo” Putin, afinal, tem andado a enganá-lo. Resolve tomar uma posição mais dura e ameaça com ajuda à Ucrânia, mas Putin não se amedronta.

A Europa reúne forças e agrupa frentes de defesa. A Grã-Bretanha, a Alemanha e também a França alinham o seu poder para ajudar a Ucrânia. Acelera-se a produção de armamento. Isto acelera um possível confronto Leste-Oeste e tudo fica mais perigoso. Medvedev já adiantou a hipótese de “atacar preventivamente” a Europa. Loucura completa. Só da cabeça de um fanático! Ou será que é o estrebuchar do moribundo?

Isto porque, quer queiramos ou não, a Rússia está muito debilitada militarmente e tem valido uma certa ajuda da Coreia do Norte, quer em homens, quer em armamento.

No Médio Oriente, especificamente em Israel, assistimos igualmente a uma movimentação desorientada de tropas e de ataques israelitas quer na Faixa de Gaza, quer na Síria, quer no Líbano, quer ao Irão. Apesar do apoio de Trump, este não está a gostar do rumo que Netanyahu está a levar. Este, preso a dois ministros de extrema-direita ou ultraortodoxos que querem a exterminação do Hamas a todo o custo, não sabe bem o que fazer.

O seu limite de poder vai até à possibilidade de sair do governo, caso não cumpra as ameaças dos ministros de extrema-direita que sustentam o governo. Ou Netanyahu cede e continua a guerra, ou o governo cai e ele vai preso pelos crimes de que é acusado. A solução é conseguir apoios ao centro, de modo a manter o poder e ter a possibilidade de rumar a uma paz mais duradoura que permita uma reconstrução da Faixa de Gaza. Mas como? Será que Trump vai permitir?

Requalificação de ecopark em Vila Flor parada apesar de financiamento assegurado

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Ter, 15/07/2025 - 12:33


O presidente da Câmara Municipal de Vila Flor, Pedro Lima, manifestou-se recentemente “surpreso” com o excesso de burocracia que está a travar o projeto de requalificação do Parque de Campismo da vila.

Assinatura do protocolo para o estudo de ferrovia Porto- Zamora via Bragança agendada para dia 23 de julho

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Ter, 15/07/2025 - 12:27


O presidente da Comunidade Intermunicipal – Terras de Trás-os-Montes (CIM), Pedro Lima, anunciou, na quarta-feira, que no dia 23 de julho a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR Norte), a CIM, o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, a Infraestruturas de Portu

Distrito de Bragança regista perda de quase 6 mil eleitores desde as autárquicas de 2021

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Ter, 15/07/2025 - 12:18


A três meses das próximas eleições autárquicas, o distrito de Bragança apresenta um cenário de redução no número de eleitores inscritos. Desde as autárquicas de 2021, foram registadas perdas na ordem dos 5.800 eleitores, o que corresponde a uma diminuição de 4% no total de recenseados.

Marco Louçano: o brigantino que aceitou treinar com a guerra mesmo ao lado no Médio Oriente

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Ter, 15/07/2025 - 12:00


Marco Louçano, brigantino de 46 anos, é treinador de futebol há 15 e atualmente desempenha funções de treinador-adjunto no Al Hussein SC, clube da cidade de Irbid, na Jordânia, que disputa o título de campeão no principal campeonato do país.

ONDE ISIDRO (NÃO) CHEGOU

O Major General Isidro Morais Pereira fez saber que, respondendo a uma persistente e continuada insistência de inúmeras pessoas, para se candidatar à Presidência da República Portuguesa, decidiu dar um passo em frente. Talvez, em boa verdade, um meio passo, pois apenas admitiu estar a ponderar essa hipótese, prometendo divulgar o resultado da reflexão que vai fazer, depois das autárquicas (entende-se bem porquê e já lá iremos), e mesmo esse arremedo de avanço, algo tremido, como veremos.

Porque, vindo de alguém perto do militar, surgiu a notícia de estar agendada uma reunião entre o protocandidato e o partido de extrema-direita, Chega. Pedro Frazão, vice-presidente desse partido, por ocasião do anúncio da sua candidatura à Câmara Municipal de Oeiras, confirmou o respetivo agendamento. O próprio General e comentador televisivo deu cobertura às notícias que disso davam eco, afirmando:

“Sinceramente, se a minha decisão for no sentido de me candidatar, não enjeito o apoio dos partidos. Os partidos fazem parte da democracia portuguesa. É sempre um conforto. Todo e qualquer partido que merece um apoio significativo dos portugueses, como foi o caso do Chega, que teve mais de um milhão de votantes… não há razão nenhuma para que não aceitasse esse apoio. Isto não quer dizer que concorde com todas as bandeiras do Chega.”

Logicamente, iriam, em consequência, reunir-se. Mas não se reuniram. Facilmente se percebe porquê. Porque, tal como o PS, provavelmente pelas mesmas razões, o Chega não quer definir a sua estratégia antes das autárquicas. Nunca, como agora, as eleições locais condicionaram tanto as presidenciais. Porque, como referiu Morais Pereira, uma fatia eleitoral com mais de um milhão de votos é muito apetecível para qualquer um que se queira submeter ao sufrágio popular… desde que houvesse uma garantia mínima de que poderia ser abocanhada na sua totalidade ou, pelo menos, numa parte substancial.

Ora, a trajetória ascendente do partido de André Ventura sofreu um revés nas europeias… onde o próprio não era candidato. Terá sido isso apenas um “acidente” ou a revelação de que, sem o seu líder e principal figura de destaque, o partido vale muitíssimo menos? É isso que as autárquicas irão revelar. E fará toda a diferença! Aí o PS ficará a saber se o seu partido foi realmente ultrapassado ou se foi “apenas” Ventura que superou Pedro Nuno Santos, deixando José Luís Carneiro livre para a decisão do apoio socialista ao pretendente presidencial da sua área.

Igualmente, o comentador da CNN verá se a tão apetecível parcela de eleitores pode ser minimamente garantida ou se apenas a teatralidade do inefável André a consegue mobilizar. O problema é que, apesar de não ter conquistado ainda nada nem ninguém de forma substantiva, a aproximação à ideologia extremista já lhe granjeou anticorpos e, como tal, tendo-o constatado, apressou-se a recuar tanto quanto lhe é ainda possível. Veja-se a enorme distância da declaração inicial, atrás referida, da mais recente, que, a este propósito, é conhecida:

“Meus estimados amigos, tendo surgido algumas notícias tentando associar o meu nome a um partido político (CHEGA), quero deixar bem claro, para que não restem quaisquer dúvidas, que não tenho NENHUM TIPO DE LIGAÇÃO, com o partido em questão.”

Esclarecedor!

O Vale do Tua pariu um sapo

A conhecida expressão “a montanha pariu um rato” é muito velha. Tanto que é atribuída ao filósofo romano Horácio, que a terá utilizado há mais de dois mil anos, com o intuito de manifestar a sua frustração com algo que gerou grandes expectativas, mas acabou por redundar numa insignificância, para não dizer num fracasso.

Não deixa de ser significativo, por isso, que a dita expressão seja muito usada em Portugal, hoje em dia mais do que nunca. Ainda assim, no caso particular dos transmontanos, não há razões de queixa, pois, lamentavelmente, quem os governa grandes expectativas sequer lhes têm criado, não lhes dando, por isso, razões para se sentirem frustrados.

Tirando, e poucos mais exemplos se poderão encontrar, o magno projeto que dá pelo nome de Plano de Mobilidade do Tua, que, apreciado em várias vertentes, a montante e a jusante das águas e das ideias, ganha, de facto, dimensão impactante.

Ora, é aqui que a porca torce o rabo. Acontece que, decorridos 16 anos desde a sua criação em 2009 e consumados gastos de 16 milhões de euros, há mais que razão e humor, absurdo ou sarcástico, como se queira, para se poder dizer, não que “a montanha pariu um rato”, mas que o Vale do Tua pariu um sapo anafado, que tranquilamente abobora nas margens da plácida albufeira.

Uma notícia recente sobre esta matéria causou, contudo, relativo impacto nas ditas redes sociais, Facebook em particular, ainda assim muito longe, quanto a mim, do que deveria merecer por parte do grande público, sobretudo daqueles a quem diretamente diz respeito: os transmontanos em geral e os nordestinos em particular.

Transmontanos que, nos próximos atos eleitorais, irão ou não irão votar, como sempre o fazem, mais com o coração do que com a razão, ainda que as opções que se lhes oferecem, por força da democracia que têm, pouco ou nada mudem. Sendo desejável, em qualquer caso, que a região não continue esquecida, adiadas e mal representada nas instâncias mais altas do poder político central e local.

Resumidamente, e sem entrar em detalhes, diz a notícia, que teve origem no jornal Público online e foi repassada por diversos outros meios, que o Ministério Público, através da sua delegação de Mirandela, abriu um inquérito crime para investigar o incumprimento da concessão pública de exploração da Linha do Tua.

Finalmente, é caso para se exclamar! Isto se o finalmente não significar que o caso vai morrer definitivamente, ante a patente lentidão da Justiça.

É que, convém lembrar, quando o Plano de Mobilidade do Tua nasceu, em 2009, como contrapartida à construção, pela EDP, da barragem de Foz do Tua, que submergiu um troço de 23 quilómetros de via-férrea, muita boa gente esfregou as mãos de contente, pensando que toda a região transmontana em geral, os municípios ribeirinhos do Tua em particular e Mirandela em especial, tinham sido agraciados com uma fortíssima alavanca de desenvolvimento.

Puro engano. Dezasseis anos decorridos, tudo continua na mesma ou pior, com parte significativa do mítico Vale submerso, equipamentos valiosos em acelerada degradação, as populações a chuparem nos dedos e os autarcas a bailar, felizes e contentes, entre as suas terrinhas e a capital deste reino de democrática fantasia.

Acresce que os dados de recenseamento eleitoral mais recentes expressam uma aflitiva dinâmica de ermamento. De ermamento que não de desertificação, note-se bem, porque, neste caso, não podemos queixar-nos das alterações climáticas, já que a Natureza está mais pujante do que nunca. Mas de algo que é bem pior: a incompetência e o desleixo dos governantes, com destaque e acrescidas responsabilidades para os autarcas.

Tanto assim é, ou foi, que o polémico barramento avançou sem demoras nem contratempos e já está a render, por certo, lucros chorudos aos investidores. As contrapartidas, pelo que agora se vê, é que não terão passado de uma gigantesca frustração, para não dizer de um logro vistoso. Pudera! É que os donos da EDP, entre os quais pontifica a empresa estatal China Three Gorges Corporation, não brincam em serviço.

Lamentavelmente, não pode deixar de se dizer, este plano é mais um que traduz a falência total, não da democracia, mas do regime político vigente, que, deformado pela hegemonia partidária, continua a gerar maus governantes, a desprezar os cidadãos e a esbanjar o erário público, persistindo no ermamento e no subdesenvolvimento do interior.

Torna-se imperioso, por tudo isto, que a Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Tua (ADRVT), igualmente criada em 2011 como contrapartida pela construção da barragem do Tua e a quem a responsabilidade da execução deste plano foi atribuída, venha a público dizer de sua justiça, sobretudo no contexto da próxima campanha eleitoral e antes mesmo do Ministério Público se pronunciar