class="html not-front not-logged-in one-sidebar sidebar-second page-frontpage">

            

Selecção Nacional de Futebol de Praia realiza estágio na Albufeira do Azibo

Ter, 14/09/2021 - 23:32


Depois da conquista do Campeonato da Europa de Futebol de Praia, o terceiro consecutivo, no passado domingo, na Figueira da Foz, a Selecção Nacional de Futebol de Praia vai realizar um estágio de observação entre os dias 19 e 22 de Setembro, no Campo de Jogos da Albufeira do Azibo, em Macedo de C

Futuros médicos da Universidade do Porto passam semana no concelho de Vinhais para estarem mais próximos dos idosos

Ter, 14/09/2021 - 17:13


“Medicina vai a Vinhais” percorreu todas as aldeias do concelho entre 5 a 11 de Setembro. Com o objectivo de chegarem às localidades mais desertificadas e envelhecidas do Interior, estes alunos voluntariaram-se para ajudar quem mais precisa.

A fábula da rã e do escorpião

Dois eventos notáveis, de pura política que não de política pura, sucederam-se a semana passada, facultando uma melhor compreensão dos defeitos do regime político vigente e da governança desenfreada a que dá cobertura. Primeiro foi a apresentação pública, na quarta-feira, dia 1 de Setembro, do livro Memórias da autoria do conhecido homem público Francisco Balsemão. Uma obra surpreendente não só porque lança luz sobre a sua longa e densa vida política, mas sobretudo porque traça perfis pouco simpáticos de várias personalidades públicas, sendo particularmente lesivo do carácter de Marcelo Rebelo de Sousa, porque o coloca no papel do escorpião que pica o batráquio da fábula, de que o próprio autor veste a pele. Imediatamente a seguir, na quinta-feira, dia 2, portanto, teve lugar no palácio de São Bento, sede do Governo, a homenagem que o actual primeiro-ministro António Costa entendeu fazer ao citado Francisco Balsemão, por ocasião da passagem dos 40 anos do VII Governo Constitucional que este chefiou. É por demais óbvio que a coincidência destes dois eventos se não foi concertada entre António Costa e Francisco Balsemão foi, por eles, manifestamente negligenciada. Homenagem que é igualmente questionável porquanto gesto idêntico só António Costa o teve em 2016, para com o seu correligionário Mário Soares, para realçar os 40 anos da tomada de posse do I Governo Constitucional. Não faltaram datas nem motivos para António Costa homenagear outros colegas. Optou por estes dois por razões manifestamente pessoais. Recorde-se que Mário Soares sucedeu a Francisco Balsemão à frente do único Governo de Bloco Central (1983-85) que se destacou precisamente por pedir ajuda ao FMI, de imediato, porquanto o Governo da AD liderado pelo homenageado deixara o país na bancarrota. De realçar que foi a primeira vez que Portugal se viu forçado a recorrer a um resgate externo, o que voltaria a acontecer mais tarde com José Sócrates, correligionário e patrono de António Costa, que estabeleceu, em 2011, um acordo humilhante com o Fundo Monetário Internacional, o Banco Central Europeu e a Comissão Europeia, congraçados na célebre Troika. A execução de tão gravoso contrato de financiamento acabaria por representar um pesado encargo do XIX Governo Constitucional, liderado por Pedro Passos Coelho que, malgrado os erros cometidos tem sido injustamente tratado. Talvez António Costa o devesse homenagear e não criticar tão acintosamente como o tem feito. Uma segunda questão se apresenta como politicamente relevante: saber se António Costa e Francisco Balsemão igualmente se concertaram, e com que finalidade, o empolamento da publicitação do ataque feroz que Francisco Balsemão disferiu em Marcelo Rebelo de Sousa no livro atrás referido. Será que António Costa receia ser a próxima rã a ser picada e já se está a precaver? Com concertação ou sem ela, certo é que o bom nome do cidadão Marcelo Rebelo de Sousa e o seu prestígio enquanto Presidente da República foram profundamente afectados. Os portugueses têm agora motivos reforçados para duvidar da competência, do patriotismo e da seriedade dos políticos, dos partidos e demais machuchos do “sistema” sobretudo porque acreditaram, ainda que fugazmente, que com o advento da democracia e a integração europeia Portugal se transformaria num país de sonho. Tal só não aconteceu, na opinião de um jovial ancião do povo onde moro, porque no momento chave da consolidação da democracia e modernização da economia o país caiu nas mãos de “betinhos”, de “filhos do papá”, a quem também chama “direitinhos”, da linha do Estoril e doutras linhas enviesadas, tais que Francisco Balsemão e Marcelo de Sousa, que sobrepuseram os seus interesses e os seus umbigos, acima do interesse nacional. Mais se agravou a situação, ainda no dizer do espirituoso ancião, agora que aos “betinhos” sucederam os “esquerdinhos”, “filhos da mamã”, uma outra espécie de escorpiões que picam a rã com o ferrão revolucionário embora tentando a travessia para Cuba ou para a Venezuela. Qual foice, qual martelo, qual punho fechado, qual sinistra globalização! - Contraponho eu. Só a democracia liberal e representativa, com as armas do voto e do protesto público livre e espontâneo, é verdadeiramente revolucionária. Tem é que ser vivida dia a dia, com verdade. Haveremos de concluir, portanto, que a fábula do escorpião e da rã que Balsemão invoca relativamente a Marcelo de Sousa, tem aplicação muito mais vasta e profunda. Só que os escorpiões são demais para uma única rã que é a Nação, que incompreensivelmente continua a deixar-se levar na cantiga dos “direitinhos filhos do papá” e dos “esquerdinhos filhos da mamã”, que trazem a traição no ventre e a vão picar até que todos se afundem definitivamente. Vale de Salgueiro, 9 de Setembro de 2021

 

O sentido do voto

O ato eleitoral do próximo dia 26 não é nenhum referendo, não é nenhum plebiscito, não é nenhum exame popular sobre a atuação pretérita dos atuais autarcas, se candidatos. O que se vai escolher, no último domingo de setembro é a proposta de futuro que melhor se adequa aos justos anseios e às justificadas aspirações, dos cidadãos, a que responde com eficácia às suas preocupações e que pode resolver ou minorar as enormes dificuldades que, por todo o lado, mas muito especialmente, no interior, ensombram a vida quotidiana. É o futuro, só o futuro, que interessa. Não é o passado. Então, porque é nos debates e na campanha, sobretudo dos incumbentes, se insiste, se fala tanto, quase se reduz, em exclusividade, à análise dos mandatos anteriores? Porque é difícil discutir, fundadamente, o desconhecido futuro quando se tem à mão o passado que, mesmo podendo ser mais ou menos mascarado, não é possível ocultá-lo na sua plenitude. Houvesse uma bola de cristal... Mas não há... A vida é uma estrada se que percorre sempre pela primeira (e única) vez. Ninguém sabe o que nos espera para lá da próxima curva. Porém, quem viaja numa viatura, pelo andamento da mesma, pela configuração do caminho e, sobretudo, pelo comportamento do condutor, com alguma facilidade prevê qual a trajetória previsível na abordagem ao próximo meandro. É verdade que o despiste iminente pode ser salvo, no último minuto, por ação dos travões, mas isso, quando falamos de limitação de mandatos, é um artifício que aparentando salvífico, pode, pelo contrário anunciar a fatalidade, como adiante veremos. Todas as viagens contemplam riscos e peripécias. Mas quando todas nos caem em cima, fica pouco espaço para a esperança, para a condescendência, para a concessão de mais uma oportunidade. Numa competição nem todos podem ficar à frente e, necessariamente, alguns terão de ocupar o último lugar. Mas quando a tendência é sempre descendente, quando nada melhora e tudo piora o melhor é pensar seriamente em mudar de vida. Se, por acaso, o oitavo ano, de um executivo qualquer, apresentar melhorias significativas, há que desconfiar. Tal como o quarto, isto pode resultar da proximidade de eleições. O que é compreensível e não seria necessariamente mau... se no final do terceiro mandato se submetesse, de novo, a sufrágio... coisa que a lei não permite! Qualquer autarca que, nos dias de hoje, apresente como principal trunfo a diminuição da dívida camarária, é alguém do passado, é alguém que ainda vive nos tempos da famigerada troica! A dívida municipal não é, necessariamente, um malefício. Se for para suportar despesa corrente ou injustificado desperdício é, sem dúvida má. Mas se for para financiar investimento necessário e gerador de mais-valias para os munícipes, só pode ser boa. Mas, se a diminuição da dívida permitir à Câmara, diminuir o prazo médio de pagamento, não é louvável? Depende. Se a maioria dos fornecedores for do concelho, obviamente que sim. Mas se a maior parte dos pagamentos for para empresas fora de região ou mesmo da capital, já não me parece que haja nisso grande virtude, do ponto de vista dos eleitores. Não tenho a menor dúvida que o benefício municipal seria superior se “o preço a pagar” por um reforço significativo das compras dentro do concelho fosse um agravamento razoável do prazo médio de pagamento.