class="html not-front not-logged-in one-sidebar sidebar-second page-frontpage">

            

Distrital de Futebol de Praia da A.F. Bragança vai ser disputado por dez equipas

Ter, 22/06/2021 - 15:15


A prova realiza-se entre os dias 23 e 25 de Julho na Albufeira do Azibo e este ano tem novidades. Entre as dez formações participantes há uma dos Açores, pelo facto de não haver competição naquele arquipélago, e, ao contrário de 2020, apenas uma equipa passa directamente para o nacional.

Mais duradoura que o mármore e o metal

Em dezembro de 1983 a Imprensa Nacional – Casa da Moeda fez uma edição, fac-similada do livro Bragança e Benquerença escrita pelo coronel Albino dos Santos Pereira Lopo em 1988 e 1989 e dada ao prelo em 1900 na Imprensa Nacional. O ilustre brigantino justifica a sua obra dizendo que “Não tem Bragança uma história, e ahi ficam alguns materiais, que pouco a pouco fui descobrindo e ajuntando para ella;”. Passa depois ao relato de vários episódios documentados ou deduzidos, bem como à descrição de muitos monumentos, achados arqueológicos, ruínas e restos da passagem dos nossos antepassados que, em boa verdade, constituem a trama da História de Bragança. Mas não a fazem só por si. E foi, precisamente, por reconhecer tal evidência que a autarquia bragançana encomendou ao CEPESE a excelente obra “Bragança, das origens à Revolução de 1820” como complemento da outra, “Bragança na época contemporânea – de 1820 até aos nossas dias” com valiosos contributos de vários e reputados autores, coordenadas ambas por Fernando de Sousa. Estes quatro volumes fazem a história de capital do nordeste baseados nas evidências históricas existentes desde há muito (desde os primórdios) e é assim que Bragança ganha a história que no início do século XX não tinha. Porque, no dizer de Borges, as “palavras são mais duradouras que os mármores e os metais”. Este postulado foi enunciado pelo escritor argentino na sequência da história do poema “Kubla Khan” publicado por Samuel Taylor Coleridge em 1816. Esta obra é o fragmento de um sonho do autor, uma vintena de anos antes em que lhe fora descrito o palácio mandado construir por Kublai Khan. A conclusão de Jorge Luís Borges resulta da observação factual: o grandioso edifício mandado erguer pelo sucessor do grande e temido Gengis Kahn há muito que desapareceu mas o poema do autor britânico, apesar de incompleto, continua intacto e perdurará. Ao contrário das construções em pedra, os livros têm a virtualidade de, podendo ser facilmente transportáveis e havendo sempre vários originais da mesma obra literária, resistem à erosão do tempo e dos ataques que lhes possam ser movidos. O Estado Islâmico destrui milhares de livros mas não há notícia de nenhuma perda irrecuperável, para a humanidade, ao contrário do que aconteceu com a cidade histórica de Palmira que já não há qualquer hipótese de recuperação. As estátuas, as rotundas, as pontes suspensas e até os museus, poderão ter muitos anos de vida mas, por muito que durem, nunca terão a mesma longevidade das palavras que, impressas, são eternas. Numa altura de campanha eleitoral, os autarcas e candidatos deveriam refletir se querem ter uma atuação cultural efémera ou que perdure para lá dos seus mandatos provisórios. Finalizando e em jeito de conclusão, é necessário e adequado reconhecer que uma atuação equilibrada não implica a exclusão de nenhum dos campos em análise. O edil brigantino demonstrou, ao contrário de outros, menos esclarecidos, que é possível erguer museus, instalar rotundas, levantar estátuas, patrocinar celebrações históricas sem deixar de apoiar a escrita e os escritores. Porque é com palavras, “mais duradouras que o mármore e o metal” que se faz a história.

O 25 de Abril de novo nas mãos do general Eanes.

I mporta começar por relembrar a história ainda que seja recente, por demais conhecida e não requeira grandes lucubrações. Em 25 de Novembro de 1975, no auge do PREC de triste memória, forças de pendor comunista indiferenciado, desencadearam um alargado golpe militar com o objectivo de instaurar em Portugal uma réplica de uma das repúblicas populares na altura existentes: russa, chinesa, cubana ou mesmo albanesa. Acabou num cozido à portuguesa socialista que ainda fumega. António Ramalho Eanes foi o coordenador principal das forças militares escorreitas que restavam e que patrioticamente neutralizaram o golpe comunizante, recolocando Portugal na senda da plena integração no espaço político, económico e cultural europeu, como era pensamento, ainda que vago, da maioria dos militares empenhados no golpe de 25 de Abril d 1974. Lamentavelmente, porém, o processo político já havia sido perniciosamente inquinado pelo PREC que de forma violenta, convém não esquecer, condicionou a Assembleia Constituinte da qual derivou a nova Lei Fundamental e a associada Organização do Estado, que continua a ter na hegemonia partidária e na impunidade dos políticos e afins a sua marca de água. Acresce que as forças que derrotaram o golpe comunista de 25 de Novembro não tinham meios, nem poder e muito menos vocação para corrigir os erros cometidos no decurso do PREC, donde resultou que o Estado continuou desbragadamente a atolar-se num pântano político, económico, social e ideológico. Assim se compreende que o Regime político em vigor seja de duvidosa democraticidade, escandalosamente corrupto e se alimente impunemente do nepotismo, do compadrio e do sistémico endividamento público. Como se de um bacalhau com todos se trate mas cujas espinhas é o povo que as come. O pecado original, porém, é bom que se diga, não está nos políticos e nos governantes em geral, que o mesmo é dizer no senhor Marcelo de Sousa, no senhor António Costa, no senhor Rui Rio, na senhora Catarina Martins ou mesmo no senhor Jerónimo de Sousa, em particular. Está, isso sim, no Regime político vigente comprovadamente incapaz de se reformar e de gerar e promover melhores governantes e mais justos magistrados, pedras angulares do edifício democrático. Regime que acaba de alcançar o seu maior esplendor com a governança de António Costa, coroada do nepotismo mais desavergonhado e bem recheada de pequenos títeres disfarçados de democratas que, entre outras coisas não menos graves, não se coíbem de colaborar com déspotas do calibre do russo Putin, pondo em perigo a vida de manifestantes opositores desta sinistra personalidade, como será o caso dos que foram referenciados à embaixada russa, por forças afins da Câmara Municipal de Lisboa. Não há inocência de burocratas, neste caso, mas incompetência senão mesmo conivência de políticos. O que faz lembrar o sinistro envio para Moscovo, em 1975, dos ficheiros da PIDE/DGS de má memória. Manda a verdade que se diga, porém, que António Costa não tem a exclusividade das maldades que desfiguram a democracia. Outros enfermam dos mesmos vícios, embora não deixe de ser verdade que António Costa e o PS que o suporta são campeões nesta matéria. António Costa que se tornou mais presunçoso do que já era desde que o BE, que agora se diz social-democrata, e o PCP, que se rendeu à democracia liberal, têm dado cobertura aos seus maiores dislates, tendo como música de fundo o fado vadio socialista. Em consonância com Rui Rio que lhe tem estendido o tapete vermelho e do próprio Presidente da República que com palavrinhas seráficas e cafunés o tem apaparicado, porque de outra coisa não será capaz ou para mais não terá rasgo, ou sensatez. Como se os escândalos não bastassem, António Costa acaba de nomear um super “boy”, super bem pago, servido por uma super equipe, para organizar uma super comemoração dos 50 anos do 25 de Abril, com os folguedos da corte a distender-se por 5 longos anos. É por demais óbvio que em causa estão, tão-somente, a glorificação do PS e a simultânea consagração do Regime corrupto. Para maior brilho e glória Marcelo de Sousa ousou que o prestigiadíssimo Ramalho Eanes aceitasse presidir ao acto, o que é, sem dúvida, a cereja no topo do bolo. Ironia do destino! Eanes, depois de tantas vicissitudes, tem novamente nas mãos a possibilidade de liderar um novo 25 de Novembro, regenerador do 25 de Abril, que poderá acontecer em Abril ou em Maio, quando melhor lhe aprouver. Basta que faça uso, motivos já não lhe faltam, das armas da dignidade e do prestígio, da força da sua palavra e do seu patriotismo e mais um alto serviço prestará a Portugal e à Democracia. Uma coisa é comemorar o 25 de Abril que instaurou a democracia. Outra será celebrar as traições, os crimes e as tragédias cometidas sob a égide do PREC..