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O NOVO MUNDO, INTELIGENTE E ARTIFICIAL 1 - GENERALIDADES

O ano de 2023 marcou a entrada impetuosa e avassaladora da Inteligência Artificial, no dia a dia de cada um de nós. Não sendo uma área nova do conhecimento (a primeira associação entre computação mecânica e inteligência foi feita por Alan Turing, no final da Segunda Guerra Mundial e o termo Inteligência Artificial foi cunhado, poucos anos depois – 1956) assumiu assinalável relevo com a explosiva disseminação do CHAT-GPT da Open AI. O uso desta ferramenta generalizou-se e começou a ser de utilização corrente por vários grupos que, até agora, não tinham tido ainda acesso a esta tecnologia. A possibilidade de haver máquinas pensadoras é um conceito antiquíssimo (há quem o faça remontar aos filósofos gregos antes de Cristo) mas apenas foi possível dar-lhe alguma expressão com o advento dos computadores e, com estes, o crescimento exponencial dos sistemas de memória e da capacidade de processar gigantescas quantidades de registos complexos. Apesar dos enormes avanços em qualquer uma destas áreas, desde meados do século passado, foi só no crepúsculo do segundo milénio, concretamente, em 1997 que um supercomputador (o Deep Blue da IBM) obteve um resultado assinalável, vencendo um jogo de xa- drez ao campeão mundial da modalidade Garry Kasparov, depois de ter perdi- do, para este, no ano anterior. Mesmo assim, há quem sustente que o desfecho da segunda contenda pendeu para o contendor cibernético devido a um “bug” no software do algoritmo idealizado pelos especialistas que desenvolveram a pri- meira versão (perdedora) e a melhoraram, depois de analisar. O célebre 44º lan- ce, totalmente fora da lógica do jogo, que nem era ofensivo nem defensivo (seria apenas um movimento de escape para sair de um loop infinito) terá confundido o mestre russo. Nunca se saberá se, sem esse erro, o desfecho seria idêntico. A vulgarização deste produto resulta do aperfeiçoamento de duas disciplinas fundamentais para o desen- volvimento da tecnologia: o uso da linguagem comum na interface com a máquina e a capacidade desta em aprender a partir dos erros ou da análise dos resultados (machine learning), obviamente, complementadas com o contínuo crescimento das bases de dados e sua disponibilização, a melhoria das comunicações e o aumento exponencial da velocidade de pesquisa, processamento e cálculo. A disponibilização, gratuita, na internet, fez o resto. Hoje, para além de muitos usos profissionais, começam a surgir notícias da sua utilização por estudantes para a elaboração (sem erros!) de trabalhos académicos, entre outras aplicações, mais graves, nomeadamente no condicionamento de eleições e referendos (Presidenciais Americanas e Brexit). Quanto à academia, de pouco adianta o “comba- te” que alguns professores pretendam fazer a esta as- túcia – o ónus está do lado da docência: a avaliação dos alunos terá de contar com o uso desta tecnologia que, estando disponível, não faz qualquer sentido ser-lhes proibida. Quanto à manipulação da realidade para obtenção de vantagens eleitorais… não é, verdadeiramente, nada de novo. Faz parte do dia a dia do discurso político! O que é preciso é regular o seu uso e fiscalizar, denunciar e punir o abuso! É do senso comum que toda a ciência tem boas e más aplicações. Também é assim com a Inteligência Artificial. Da minha parte interessa-me mais a bon- dade. Em textos futuros irei analisar e divulgar alguns exemplos… sempre que o agitado ano político que se avizinha, deixar espaço para tal. BOM ANO!

Mas que bem que ficariam vestidas de burca!

A Humanidade atravessa aquela que se prefigura como sendo a mais grave e complexa crise da sua já longa História. Crise universal porquanto se manifesta em todos domínios, principalmente no que à paz, à moral, ao social e ao clima diz respeito, para lá de que afecta todas as nações, ainda que de diferentes formas. Fenómeno que nos é dado observar em múltiplos cenários sinistros, particularmente chocantes em tempo de mais uma quadra natalícia, quando mais veementemente se exalta e promove a paz e a solidariedade entre os diferentes povos da Terra. Duas razões principais me levam a realçar a atribuição do prémio Nobel da Paz 2023, que conside- ro um dos acontecimentos mais relevantes do ano, ten- do em conta, sobretudo, os domínios da paz, da igual- dade e da solidariedade. A primeira razão é que este premio, inteiramente justo e oportuno, foi atribuído a uma verdadeira heroína e mártir, à semelhança do que aconteceu em 2014, com a profusamente noticiada ativista paquistanesa, Malala Yousafzai. Trata-se, agora, de Narges Mohammadi, uma iraniana de 51 anos que, cito Berit Reiss-Andersen, a presidente do comité Nobel, “luta pela liberdade de expressão e pelo direito à independência, num país que quer esconder as mulheres e quer cobrir os seus corpos”. Regime iraniano que, ainda segundo a atrás citada presidente do comité Nobel, “não só tem esse objetivo com o sexo feminino, como com toda a população”. E mais realça o Comité do Prémio Nobel no laudo de atribuição do referido galardão, que o regime do Irão já deteve Narges Mohammadi por 13 vezes, a condenou por cinco e a sentenciou a um total de 31 anos de prisão e, imagine- -se, a 154 chicotadas. Acresce que a premiada é casada com o jornalista Taghi Rahmani, igualmente iraniano, que já esteve na prisão um total de 16 anos. Numa entrevista ao jornal El País, em dezembro de 2022, Rahmani referiu que a mulher não via os filhos há sete anos e que, pelo menos durante sete meses, não teve sequer autoriza- ção para falar com eles ao telefone. Tenha-se em conta, para lá do mais, que o único crime de Narges Mohammadi e de outras mulheres e homens iranianos é o da resistência pacífica contra o regime dos mulás, que são uma espécie de clérigos islâmicos fanáticos. Regime que, convém lembrar, tem sido amplamente noticiado como sendo o principal apoiante, ainda que não único, dos terroristas do famigerado Hamas e de outros da mesma laia que, um pouco por todo mundo e com maior crueldade em África, se batem por impor e fazer valer os ditames religiosos, morais e sociais dos seus sinistros doutrinadores. Sem esquecer que o mesmo objectivo prosseguem, abertamente, na velha Europa em que prevalecem ancestrais usos e costumes cristãos em perfeita harmo- nia com modernos princí- pios democráticos. Também não é segredo para ninguém que sobre as democracias europeias e a sua unidade, impendem presentemente, para lá dos vícios domésticos, várias ameaças insidiosas, principalmente promovidas por regimes totalitários como o russo ou o chinês que sub- -repticiamente financiam, dinamizam e subvertem partidos e organizações de cariz supostamente cívico e democrático. A segunda razão que me leva a realçar este notável acontecimento que foi a atribuição do prémio Nobel da Paz 2023, é que, in- compreensivelmente, tão importante facto foi votado ao silencio no Portugal democrático, à esquerda e à direita é certo, mas prin- cipalmente por parte das ruidosas vanguardistas dos direitos das mulheres e de outras nobres causas, em que se têm destacado as jovens políticas do Bloco de Esquerda, o que é ainda mais estranho. Silêncio igual ao verificado no Irão e nos citados regimes totalitários, nestes casos imposto como é óbvio, enquanto que em Portugal tal atitude foi inteiramente livre e voluntária, pelo que é lícito supor algum tipo de anormal consonância e de espúrio comprometimento. O que me leva a citar o conhecido ditado popular: quem vê caras não vê corações. E a ironizar: mas que bem que essas nossas compatriotas de vanguarda, não estou a pensar apenas em moda, ficariam vestidas de burka! E quanto mais expressiva e identitária não seria a sua foto do Bilhete de Identida- de!

Selecção Distrital Feminina Sub-17 de Futsal da AF Bragança perdeu com a AF Viana do Castelo

Qui, 28/12/2023 - 16:54


A Selecção Distrital Feminina Sub-17 de Futsal da Associação de Futebol Bragança perdeu, há instantes, com a congénere de Viana do Castelo, por 7-6, na segunda jornada do grupo C do Torneio Interassociações, disputada no Pavilhão Municipal das Pedras Salgadas.